sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Mais um Jornalista vitimado em Luanda

O humorista e radialista da Rádio Despertar António Manuel “Jójó” foi esfaqueado na noite de Quinta feira 21/10, quando saia do seu local de serviço para casa depois de cumprir com mais uma jornada laboral.
António Manuel “Jójó” notabilizado na capital do país pela condução do programa “Django” de humor e critica de intervenção social.
A tentativa de assassinato ocorreu a porta, de um posto de gasolina nos arredores de Viana momentos após ter largado os estúdios da Rádio Despertar. Naquele intervalo de tempo, um desconhecido que simulou querer saúda-lo com um abraço, aproximou-se ao profissional acabando por esfaqueá-lo. Um dos golpes terá atingido a barriga, do jornalista que se encontra internado na clínica Multiperfil, em Luanda.
O atentado contra António Manuel “Jójó” acontece dias depois da organização dos Repórteres Sem Fronteiras ter divulgado um relatório apontado Angola como o pior país da Lusofonia para se exercer jornalismo. As autoridades polícias prometeram investigar o caso que resultou no atentado contra o jornalista.
O mês passado, o jornalista da TV Zimbo Norberto Abias Sateko foi baleado com um tiro na perna esquerda por desconhecidos, quando saia do serviço a caminho de casa, nos arredores da clínica Multiperfil.
A vitima reconheceu que os seus algozes estaria fardado com uniforme semelhante ao das Forças Armadas Angolanas (FAA) e faziam-se transportar numa viatura Toyota Starlet.
De recordar que o incidente acontece duas semanas depois de um jornalista da Radio Despertar, Alberto Chakussanga ter sido assassinado em sua casa levando com que o Comité de Protecção dos Jornalistas africanos e a organização Repórteres Sem Fronteira exigissem das autoridades angolanas explicações a cerca da iliminação fisica do profissional.
O assunto ainda não foi objecto de informação nos órgãos de comunicação ligados ao governo, mas entretanto há informação descrevendo que a classe de jornalistas em Angola se encontra em estado de inquietação procurando perceber o que se esta a passar.
De acordo com antecedentes públicos, as autoridades não prestam esclarecimento a cerca dos assassinatos a jornalistas. O primeiro teria sido Ricardo de Mello no inicio da década de noventa. Na altura os Bispos da Igreja Católica tentaram pressionar ao governo para esclarecer o assunto mas sem sucesso.
Na época um alto funcionário da Presidência Angolana teria contactado o cardeal Alexandre do Nascimento para lhe transmitir a titulo privado de que o referido jornalista fazia parte do aparato de segurança e que teria entrado em transgressão resultando no que ocorrera. Desde então, o Cardeal angolano passou a fazer oposição a corrente da Igreja que levantava o assunto.

1 comentário:

Gociante Patissa disse...

Meu cunhado fez uma cara muito feia o ano passado quando eu lhe comunicava a decisao de largar um emprego para finalmente me dedicar ao jornalismo, que acho ser minha vocaçao. Será por estas e por outras?

PS: sempre q posso elevo-me à tribuna para a visita que se impõe da kianda, hoj não resisti e deixo comentário. Votos de tudo de bom para o Paulo Sérgio

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