O cidadão Manuel dos Santos “Americano”, acusado de assaltar viaturas na via pública, revelou esta quartafeira 8, que o seu grupo contava com a ajuda de uma rede de legalização de carros roubados constituída por efectivos da Polícia destacados na Direcção Nacional de Viação e Trânsito (DNVT).
O jovem fez esta denúncia durante uma conferência de imprensa realizada pelo Comando Provincial de Luanda da Polícia Nacional, na Divisão de Cacuaco, que teve como objectivo apresentar onze cidadãos envolvidos em crimes de assalto à mão armada, um por tráfico de drogas e outro por ter esfaqueado a esposa.
O jovem fez esta denúncia durante uma conferência de imprensa realizada pelo Comando Provincial de Luanda da Polícia Nacional, na Divisão de Cacuaco, que teve como objectivo apresentar onze cidadãos envolvidos em crimes de assalto à mão armada, um por tráfico de drogas e outro por ter esfaqueado a esposa.
Sem revelar os nomes dos integrantes da rede de emissão de novos documentos, Americano começou por explicar o modus operandi da quadrilha, dizendo que depois de se apropriarem do veículo contactavam um oficial da corporação cúmplice a quem fornecia toda a informação relacionada com o meio rolante, para ser agilizada a papelada.
Depois de receberem o novo livrete ou modelo O, os indivíduos encontravam-se algures na cidade de Luanda para fazerem o pagamento de dois mil dólares por cada documento emitido.
“Quando se exerce qualquer actividade ilegal consegue-se perfurar com facilidade nesses meandros e conhecer os indivíduos que têm o contacto dos integrantes das redes de legalização de carros roubados. O que só acabou por facilitar ainda mais as nossas acções”, contou o jovem de forma tranquila.
Manuel dos Santos disse que, para evitar interferência nas suas acções, ele e os seus seis amigos ficavam a aguardar pelas vítimas eventuais em estradas com fraca movimentação de pessoas e bens, como a via expresso do Benfica.
Os acusados tinham como preferência as carrinhas de marca Toyota Hilux, Mitsubishi L200, Toyota Land Cruiser Prado e os Yundai Santa Fé e Ix 35. Americano pertencia a um grupo de marginais constituído por sete indivíduos, em operação há pelo menos um ano na região de Luanda.
Apercebendo-se de movimentações de efectivos da Direcção Provincial de Investigação Criminal (DPIC) destacados no comando da Divisão da Samba, os meliantes tentaram furar o cerco apertado fugindo para o interior do país.
“Estou envolvido neste tipo de actividade há um ano e três meses e durante este tempo todo participei no roubo de pelo menos 15 viaturas de diversas marcas”, contou.
Segundo apurou o Tribuna da Kianda de uma outra fonte, Manuel dos Santos “Americano” acabou por se entregar voluntariamente às autoridades policiais devido à pressão que estava a sofrer por parte de familiares directos.
“Quando se exerce qualquer actividade ilegal consegue-se perfurar com facilidade nesses meandros e conhecer os indivíduos que têm o contacto dos integrantes das redes de legalização de carros roubados. O que só acabou por facilitar ainda mais as nossas acções”, contou o jovem de forma tranquila.
Manuel dos Santos disse que, para evitar interferência nas suas acções, ele e os seus seis amigos ficavam a aguardar pelas vítimas eventuais em estradas com fraca movimentação de pessoas e bens, como a via expresso do Benfica.
Os acusados tinham como preferência as carrinhas de marca Toyota Hilux, Mitsubishi L200, Toyota Land Cruiser Prado e os Yundai Santa Fé e Ix 35. Americano pertencia a um grupo de marginais constituído por sete indivíduos, em operação há pelo menos um ano na região de Luanda.
Apercebendo-se de movimentações de efectivos da Direcção Provincial de Investigação Criminal (DPIC) destacados no comando da Divisão da Samba, os meliantes tentaram furar o cerco apertado fugindo para o interior do país.
“Estou envolvido neste tipo de actividade há um ano e três meses e durante este tempo todo participei no roubo de pelo menos 15 viaturas de diversas marcas”, contou.
Segundo apurou o Tribuna da Kianda de uma outra fonte, Manuel dos Santos “Americano” acabou por se entregar voluntariamente às autoridades policiais devido à pressão que estava a sofrer por parte de familiares directos.
Troca de tiros com a Polícia
Antes de se apresentar, o jovem esteve envolvido numa troca de tiros com os agentes da Polícia Nacional que ocorreu na principal via de Viana que vai dar à comuna do Zango, em companhia de um amigo que conduzia um segundo automóvel.
Ao longo do trajecto, o amigo foi interpelado por um grupo de investigadores da DPIC que se faziam transportar numa viatura de marca Mitsubishi cabine dupla, modelo L200, que vinham atrás dele e mandaram-no estacionar debaixo de um cajueiro.
“Estava a 30 metros quando vi eles a se aproximarem da viatura do meu amigo e como não os conhecia, decidi aproximar-me em marcha muito lenta para saber o que se passava, só que depois o meu coração aumentou os batimentos cardíacos e decidi parar”, contou.
Americano relatou que ao ver que o seu amigo havia sido agarrado nos braços por indivíduos que desconhecia, achou que se tratava de um assalto, retirou a arma que transportava e efectuou um disparo no ar. Como os agentes da DPIC reagiram na mesma proporção, o jovem meteu-se em fuga.
Antes de se apresentar, o jovem esteve envolvido numa troca de tiros com os agentes da Polícia Nacional que ocorreu na principal via de Viana que vai dar à comuna do Zango, em companhia de um amigo que conduzia um segundo automóvel.
Ao longo do trajecto, o amigo foi interpelado por um grupo de investigadores da DPIC que se faziam transportar numa viatura de marca Mitsubishi cabine dupla, modelo L200, que vinham atrás dele e mandaram-no estacionar debaixo de um cajueiro.
“Estava a 30 metros quando vi eles a se aproximarem da viatura do meu amigo e como não os conhecia, decidi aproximar-me em marcha muito lenta para saber o que se passava, só que depois o meu coração aumentou os batimentos cardíacos e decidi parar”, contou.
Americano relatou que ao ver que o seu amigo havia sido agarrado nos braços por indivíduos que desconhecia, achou que se tratava de um assalto, retirou a arma que transportava e efectuou um disparo no ar. Como os agentes da DPIC reagiram na mesma proporção, o jovem meteu-se em fuga.
Roubo por encomenda
Manuel dos Santos “Americano” disse que para além das viaturas que eram roubadas sem clientes específicos, existiam outras que eram furtadas por encomenda, mas isso não interferia no preço pelo qual era depois comercializada.
Quanto aos preços dos veículos, o acusado disse que variavam em função da marca, do seu estado de conservação e se já tinham ou não a falsa documentação.
Disse ainda que existiam alguns clientes que dispensavam o processo de falsa legalização, o que, no seu entender, demonstra que eles já tinham o contacto de uma das redes que funcionam dentro da DNVT.
Segundo especificou, o preço de uma carrinha de marca Toyota Hilux variava de 12 a 14 mil dólares americanos .
Americano disse estar arrependido pelos crimes que cometeu mas não aceitou revelar a quantidade de bens que adquiriu com o dinheiro proveniente dos assaltos. Os peritos da DPIC conseguiram reaver e apresentar à imprensa três viaturas de marca Toyota Hilux, um Land Cruiser Prado, uma carrinha Ford Ranger.
Esta é a segunda vez que os investigadores da Polícia são surpreendidos com a informação de que existem colegas seus envolvidos nos esquemas de roubos de viaturas. O último caso, aconteceu no passado dia 26, quando o Comando Provincial de Luanda procedeu à apresentação de vários cidadãos que realizavam este tipo de acções, entre os quais se encontravam dois oficiais da corporação.
Manuel dos Santos “Americano” disse que para além das viaturas que eram roubadas sem clientes específicos, existiam outras que eram furtadas por encomenda, mas isso não interferia no preço pelo qual era depois comercializada.
Quanto aos preços dos veículos, o acusado disse que variavam em função da marca, do seu estado de conservação e se já tinham ou não a falsa documentação.
Disse ainda que existiam alguns clientes que dispensavam o processo de falsa legalização, o que, no seu entender, demonstra que eles já tinham o contacto de uma das redes que funcionam dentro da DNVT.
Segundo especificou, o preço de uma carrinha de marca Toyota Hilux variava de 12 a 14 mil dólares americanos .
Americano disse estar arrependido pelos crimes que cometeu mas não aceitou revelar a quantidade de bens que adquiriu com o dinheiro proveniente dos assaltos. Os peritos da DPIC conseguiram reaver e apresentar à imprensa três viaturas de marca Toyota Hilux, um Land Cruiser Prado, uma carrinha Ford Ranger.
Esta é a segunda vez que os investigadores da Polícia são surpreendidos com a informação de que existem colegas seus envolvidos nos esquemas de roubos de viaturas. O último caso, aconteceu no passado dia 26, quando o Comando Provincial de Luanda procedeu à apresentação de vários cidadãos que realizavam este tipo de acções, entre os quais se encontravam dois oficiais da corporação.
Cliente detido
O mecânico Sousa Adriano da Rocha comprou há quatro meses uma viatura Ford Ranger nas mãos de um dos integrantes do grupo de Manuel dos Santos “Americano”, com documentação falsa, ao preço de dez mil dólares americanos.
Atendendo ao facto de Americano comercializar os meios rolantes a um preço muito acessível, Sousa da Rocha incentivou mais três amigos, que ansiavam comprar carros, a fazeremno através das “mãos milagrosas” do jovem que parecia ser uma pessoa séria e que havia se disponibilizado até a levá-lo à sua residência.
O mecânico disse ainda que o comerciante havia lhe garantido que os automóveis pertenciam a um cidadão de nacionalidade chinesa com quem trabalhava.
Os peritos da DPIC detiveram-no à saída de casa e não hesitou em indicar amigos que haviam adquirido ao meliantes outros veículos, a saber: um Toyota Prado e duas Hilux.
A compra do Toyota Prado foi a que mais trabalho deu a Sousa da Rocha, segundo sua própria confissão, uma vez que actuou como intermediário e o seu amigo que estava inicialmente para pagar 15 mil dólares pelo veículo, viu o valor a subir para 20 mil dólares, contando com as comissões que teve de pagar às pessoas que intervieram no negócio.
O mecânico Sousa Adriano da Rocha comprou há quatro meses uma viatura Ford Ranger nas mãos de um dos integrantes do grupo de Manuel dos Santos “Americano”, com documentação falsa, ao preço de dez mil dólares americanos.
Atendendo ao facto de Americano comercializar os meios rolantes a um preço muito acessível, Sousa da Rocha incentivou mais três amigos, que ansiavam comprar carros, a fazeremno através das “mãos milagrosas” do jovem que parecia ser uma pessoa séria e que havia se disponibilizado até a levá-lo à sua residência.
O mecânico disse ainda que o comerciante havia lhe garantido que os automóveis pertenciam a um cidadão de nacionalidade chinesa com quem trabalhava.
Os peritos da DPIC detiveram-no à saída de casa e não hesitou em indicar amigos que haviam adquirido ao meliantes outros veículos, a saber: um Toyota Prado e duas Hilux.
A compra do Toyota Prado foi a que mais trabalho deu a Sousa da Rocha, segundo sua própria confissão, uma vez que actuou como intermediário e o seu amigo que estava inicialmente para pagar 15 mil dólares pelo veículo, viu o valor a subir para 20 mil dólares, contando com as comissões que teve de pagar às pessoas que intervieram no negócio.
As duas carrinhas Hilux foram adquiridas pelo valor de 15 mil dólares cada uma. Sousa da Rocha disse que recebeu das mãos de Americano, no momento do negócio, o recibo do título de propriedade e o livrete, mas que não consegue precisar se será falso ou verdadeiro.
“Durante esses quatro meses que fiquei com a viatura fui a vários pontos do país e não tive nenhum problema”, frisou.
Sousa da Rocha manifestou que desconhecia o paradeiro dos seus três amigos.
Sousa da Rocha manifestou que desconhecia o paradeiro dos seus três amigos.
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