Depois do semanário A Capital não ter saído às ruas pelo facto de ter sido queimado, eis que chegou a vez do Semanário Angolense sentir a mão pesada dos patrões do grupo Media Investe, empresa que adquiriu as duas publicações há quatro meses.
A edição nº 381 do Semanário Angolense (SA) não saiu à rua este sábado, 21, como é habitual, pelo facto de os jornalistas e a direcção do grupo Media Investe estarem a viver um clima de descontentamento.
Segundo uma fonte contactada pelo Tribuna da Kianda, o jornal não saiu à rua porque os novos patrões não estão a cumprir com as obrigações sociais e salariais que se comprometeram aquando da compra da publicação. Bem como por causa das constantes censura que se instalou na redacção.
Na redacção, vive-se um pesado ambiente de trabalho que levou o director do SA, Severino Carlos, a suspender o exercício da função que ocupa. Esta posição, de acordo com a mesma fonte, colheu a solidariedade do director-adjunto Silva Kandembo.
Tanto um como outro acumulam funções de editores de política e desporto respectivamente. A ausência destes tornou inviável o fecho da edição desta semana da publicação privada, até recentemente a mais procurada da praça.
Para cobrir a lacuna e de certo modo disfarçar “a crise no semanário”, como designou um dos responsáveis contactado pela Voz de América (VOA), que pediu para não ser identificado, foi chamado Salas Neto, editor de sociedade e de cultura.
Já no último número que veio às bancas na semana antepassada, foi notória ausência da assinatura do editorial, geralmente atribuída ao director. “Carta ao Leitor” como é designada a coluna foi pois lida sob assinatura colectiva da Direcção.
“Há instantes solicitamos de Salas Neto na qualidade de director interino que confirmou a não saída do jornal, mas escusou-se avançar pormenores em torno das verdadeiras razões”, diz a VOA.
Mesmo assim informações avançadas dão conta do prosseguimento dos contactos entre os demissionários directores e os patrões afectos da Media Investe, S. A., a empresa que há 4 meses sensivelmente, efectuou a operação de compra simultânea de dois títulos o Angolense e a Capital, o que foi encarado por observadores locais como visando controlar e manipular a imprensa.
Apesar da lei de imprensa proibir o monopólio que ponha em causa a isenção e o pluralismo da informação em vista de uma sã concorrência, continuam desconhecidos os accionistas da empresa.
Só a título de exemplo, diz o número 1) do Artigo 26 do diploma a que nos referimos citamos, “As acções das empresas de comunicação social que assumam a forma de sociedade anónima têm de ser todas nominativas”.
O número 2) do referido Artigo é conclusivo, “A relação dos detentores de participações sociais nas empresas de comunicação social, a sua discriminação, bem como a indicação das publicações que àqueles pertençam, ou a outras entidades com os quais mantenham uma relação de grupo, devem ser remetidas ao Conselho Nacional de Comunicação Social para efeitos do respeito pela liberdade de concorrência”.
Um apelo neste sentido feito pelo CNCS e tornado público em comunicado, não procedeu até agora.
* Com a VOA
A edição nº 381 do Semanário Angolense (SA) não saiu à rua este sábado, 21, como é habitual, pelo facto de os jornalistas e a direcção do grupo Media Investe estarem a viver um clima de descontentamento.
Segundo uma fonte contactada pelo Tribuna da Kianda, o jornal não saiu à rua porque os novos patrões não estão a cumprir com as obrigações sociais e salariais que se comprometeram aquando da compra da publicação. Bem como por causa das constantes censura que se instalou na redacção.
Na redacção, vive-se um pesado ambiente de trabalho que levou o director do SA, Severino Carlos, a suspender o exercício da função que ocupa. Esta posição, de acordo com a mesma fonte, colheu a solidariedade do director-adjunto Silva Kandembo.
Tanto um como outro acumulam funções de editores de política e desporto respectivamente. A ausência destes tornou inviável o fecho da edição desta semana da publicação privada, até recentemente a mais procurada da praça.
Para cobrir a lacuna e de certo modo disfarçar “a crise no semanário”, como designou um dos responsáveis contactado pela Voz de América (VOA), que pediu para não ser identificado, foi chamado Salas Neto, editor de sociedade e de cultura.
Já no último número que veio às bancas na semana antepassada, foi notória ausência da assinatura do editorial, geralmente atribuída ao director. “Carta ao Leitor” como é designada a coluna foi pois lida sob assinatura colectiva da Direcção.
“Há instantes solicitamos de Salas Neto na qualidade de director interino que confirmou a não saída do jornal, mas escusou-se avançar pormenores em torno das verdadeiras razões”, diz a VOA.
Mesmo assim informações avançadas dão conta do prosseguimento dos contactos entre os demissionários directores e os patrões afectos da Media Investe, S. A., a empresa que há 4 meses sensivelmente, efectuou a operação de compra simultânea de dois títulos o Angolense e a Capital, o que foi encarado por observadores locais como visando controlar e manipular a imprensa.
Apesar da lei de imprensa proibir o monopólio que ponha em causa a isenção e o pluralismo da informação em vista de uma sã concorrência, continuam desconhecidos os accionistas da empresa.
Só a título de exemplo, diz o número 1) do Artigo 26 do diploma a que nos referimos citamos, “As acções das empresas de comunicação social que assumam a forma de sociedade anónima têm de ser todas nominativas”.
O número 2) do referido Artigo é conclusivo, “A relação dos detentores de participações sociais nas empresas de comunicação social, a sua discriminação, bem como a indicação das publicações que àqueles pertençam, ou a outras entidades com os quais mantenham uma relação de grupo, devem ser remetidas ao Conselho Nacional de Comunicação Social para efeitos do respeito pela liberdade de concorrência”.
Um apelo neste sentido feito pelo CNCS e tornado público em comunicado, não procedeu até agora.
* Com a VOA
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