O incêndio que ocorreu esta quarta-feira no parque de estacionamento da Brigada Especial de Trânsito, em Viana, destruiu parcialmente dezenas de viaturas, entre as quais um BMW X5 e um Toyota Land Cruiser Prado.
Segundo uma fonte da Polícia destacada naquele local, para além destes dois veículos, as chamas provocaram ainda a destruição total e parcial de mais de 50 viaturas descritas pelas autoridades policiais como sucatas, que foram transportadas para aquele local há mais de seis meses.
O incidente deflagrou às 15 horas e só foi estancado por volta das 21 horas, graças à intervenção dos efectivos dos Serviços dos Bombeiros do quartel de Viana, do Cazenga e do Quartel Principal (localizado no 1º de Maio). A operação foi chefiada pelo chefe interino do quartel municipal dos bombeiros de Viana, identificado apenas por Kutolola.
À semelhança das demais, as viaturas de luxo danificadas, cujos proprietários até ontem não tinham aparecido no parque para obterem esclarecimentos, foram transportadas para o local depois de colisões com outros veículos no trânsito.
De acordo com uma fonte do Laboratório de Criminalística, as chamas terão sido provocadas por uma beata de cigarro acesa que terá sido lançada para cima da erva nas redondezas por algum agente da Polícia Nacional que protege o local.
“Ainda não elaborámos o relatório final, mas ao que tudo indica o fogo terá sido causado pelo resto de cigarro, porque nós encontrámos no local vários vestígios que nos levam a crer nisso.
Aproveito para descartar a possibilidade de ter sido originado por curto-circuito porque a maior parte dos veículos que ali se encontrava já não andava há vários meses”, explicou um dos técnicos de criminalística chamados para averiguarem o caso.
Esta mesma tese foi sustentada por outra fonte dos Serviços de Bombeiros ao declarar que o incidente foi provocado por fogo posto na parte de trás do parque e espalhou-se pelos automóveis que ali se encontravam.
O nosso interlocutor, que também participou na operação encabeçada pelo chefe em exercício dos Quartéis
Bombeiros de Viana, atestou que os carros que ali se encontravam, quase todos, ficaram totalmente danificados e não se aproveitam.
O porta-voz do corpo dos Bombeiros, Faustino Sebastião, revelou ao Tribuna da Kianda que o comando provincial de Luanda da Polícia Nacional criou uma comissão mista, integrada por oficiais destes dois organismos do Estado, para investigar as causas que provocaram o incêndio.
Faustino Sebastião explicou que não poderia prestar nenhuma informação sobre o fogo porque o facto de ter ocorrido numa unidade policial, caberia ao comando provincial, depois de concluir o inquérito, definir se será a Polícia ou os Bombeiros a se pronunciar publicamente sobre o assunto.
Por seu lado, o porta-voz do comando provincial de Luanda, superintendente chefe Jorge Bengui, disse que não está em condições de precisar o que terá realmente provocado o incidente, porque os seus colegas se encontram ainda a analisar os vestígios encontrados no local.
O parque serve como local de armazenamento de automóveis que sofreram colisão, abandonados na via pública e aqueles cujos proprietários cometeram alguma violação ao Código de Estrada.
Segundo uma fonte da Polícia destacada naquele local, para além destes dois veículos, as chamas provocaram ainda a destruição total e parcial de mais de 50 viaturas descritas pelas autoridades policiais como sucatas, que foram transportadas para aquele local há mais de seis meses.
O incidente deflagrou às 15 horas e só foi estancado por volta das 21 horas, graças à intervenção dos efectivos dos Serviços dos Bombeiros do quartel de Viana, do Cazenga e do Quartel Principal (localizado no 1º de Maio). A operação foi chefiada pelo chefe interino do quartel municipal dos bombeiros de Viana, identificado apenas por Kutolola.
À semelhança das demais, as viaturas de luxo danificadas, cujos proprietários até ontem não tinham aparecido no parque para obterem esclarecimentos, foram transportadas para o local depois de colisões com outros veículos no trânsito.
De acordo com uma fonte do Laboratório de Criminalística, as chamas terão sido provocadas por uma beata de cigarro acesa que terá sido lançada para cima da erva nas redondezas por algum agente da Polícia Nacional que protege o local.
“Ainda não elaborámos o relatório final, mas ao que tudo indica o fogo terá sido causado pelo resto de cigarro, porque nós encontrámos no local vários vestígios que nos levam a crer nisso.
Aproveito para descartar a possibilidade de ter sido originado por curto-circuito porque a maior parte dos veículos que ali se encontrava já não andava há vários meses”, explicou um dos técnicos de criminalística chamados para averiguarem o caso.
Esta mesma tese foi sustentada por outra fonte dos Serviços de Bombeiros ao declarar que o incidente foi provocado por fogo posto na parte de trás do parque e espalhou-se pelos automóveis que ali se encontravam.
O nosso interlocutor, que também participou na operação encabeçada pelo chefe em exercício dos Quartéis
Bombeiros de Viana, atestou que os carros que ali se encontravam, quase todos, ficaram totalmente danificados e não se aproveitam.
O porta-voz do corpo dos Bombeiros, Faustino Sebastião, revelou ao Tribuna da Kianda que o comando provincial de Luanda da Polícia Nacional criou uma comissão mista, integrada por oficiais destes dois organismos do Estado, para investigar as causas que provocaram o incêndio.
Faustino Sebastião explicou que não poderia prestar nenhuma informação sobre o fogo porque o facto de ter ocorrido numa unidade policial, caberia ao comando provincial, depois de concluir o inquérito, definir se será a Polícia ou os Bombeiros a se pronunciar publicamente sobre o assunto.
Por seu lado, o porta-voz do comando provincial de Luanda, superintendente chefe Jorge Bengui, disse que não está em condições de precisar o que terá realmente provocado o incidente, porque os seus colegas se encontram ainda a analisar os vestígios encontrados no local.
O parque serve como local de armazenamento de automóveis que sofreram colisão, abandonados na via pública e aqueles cujos proprietários cometeram alguma violação ao Código de Estrada.
Furtos no Parque
Entrementes, o proprietário de uma pequena frota de Toyota Hiace, Jack Dawson, alegou em contacto com Tribuna da Kianda que os veículos que vão parar ao parque da Brigada Especial de Trânsito (BET) sofrem vários furtos e que não existe nenhum local onde os automobilistas que estejam nestas condições possam recorrer.
“Neste parque roubam baterias, reprodutores, piscas, pneus com jantes especiais ou novos e até bancos de Hiace. Lá ocorrem muitos furtos e os próprios policias são cúmplices porque compete a eles proteger aquele local e ninguém entra ali sem a sua autorização”, acusou.
Jack Dawson teve alguns dos seus veículos detidos no parque da BET em Dezembro do ano passado e só conseguiu reavê-los depois de firmar um acordo com um oficial superior da corporação que lhe cobrou 60 mil kwanzas. Pela via legal teria que desembolsar apenas 45 mil kwanzas e aguardar por muito tempo.
Para retirar os Hiaces pela via da legalidade, os efectivos da Polícia de Trânsito exigiram que fosse pagar a multa pela respectiva transgressão administrativa que cometeram os seus funcionários numa das agências bancárias e posteriormente à Unidade Operativa de Luanda (UOL) para receber a autorização para ir buscá-los.
“A retenção dos meus veículos ocorreu numa altura em que estava a ser realizada uma operação que visava retirar da via os táxis que não tinham toda a documentação em ordem. Na altura tivemos que ficar numa enorme bicha por largas horas e sem condições nenhuma de acomodação, por isso não tive outra hipótese senão pagar alguém para ter os meus carros de volta”, desabafou.
Depois de pagar a quantia monetária que lhe foi exigida pelo oficial superior da Polícia, Jack Dawson recebeu a documentação da viatura e uma declaração que autorizou a retirada dos meios do parque.
Apesar de o valor cobrado pelas autoridades variar em função do tempo de permanência dos carros, o nosso interlocutor atesta que não existe nenhuma tabela oficial que estabelece quanto é que cada um deles terá que pagar.
“Eles não determinam o valor diário e fazem a cobrança de forma arbitrária. O cidadão que tem o carro ali detido fica reduzido a pó, é obrigado a dançar a música deles”, ironizou.
O Tribuna da Kianda tomou conhecimento de uma fonte policial que os veículos transportados para este parque só saem com a autorização dos oficiais superiores da corporação.
Entrementes, o proprietário de uma pequena frota de Toyota Hiace, Jack Dawson, alegou em contacto com Tribuna da Kianda que os veículos que vão parar ao parque da Brigada Especial de Trânsito (BET) sofrem vários furtos e que não existe nenhum local onde os automobilistas que estejam nestas condições possam recorrer.
“Neste parque roubam baterias, reprodutores, piscas, pneus com jantes especiais ou novos e até bancos de Hiace. Lá ocorrem muitos furtos e os próprios policias são cúmplices porque compete a eles proteger aquele local e ninguém entra ali sem a sua autorização”, acusou.
Jack Dawson teve alguns dos seus veículos detidos no parque da BET em Dezembro do ano passado e só conseguiu reavê-los depois de firmar um acordo com um oficial superior da corporação que lhe cobrou 60 mil kwanzas. Pela via legal teria que desembolsar apenas 45 mil kwanzas e aguardar por muito tempo.
Para retirar os Hiaces pela via da legalidade, os efectivos da Polícia de Trânsito exigiram que fosse pagar a multa pela respectiva transgressão administrativa que cometeram os seus funcionários numa das agências bancárias e posteriormente à Unidade Operativa de Luanda (UOL) para receber a autorização para ir buscá-los.
“A retenção dos meus veículos ocorreu numa altura em que estava a ser realizada uma operação que visava retirar da via os táxis que não tinham toda a documentação em ordem. Na altura tivemos que ficar numa enorme bicha por largas horas e sem condições nenhuma de acomodação, por isso não tive outra hipótese senão pagar alguém para ter os meus carros de volta”, desabafou.
Depois de pagar a quantia monetária que lhe foi exigida pelo oficial superior da Polícia, Jack Dawson recebeu a documentação da viatura e uma declaração que autorizou a retirada dos meios do parque.
Apesar de o valor cobrado pelas autoridades variar em função do tempo de permanência dos carros, o nosso interlocutor atesta que não existe nenhuma tabela oficial que estabelece quanto é que cada um deles terá que pagar.
“Eles não determinam o valor diário e fazem a cobrança de forma arbitrária. O cidadão que tem o carro ali detido fica reduzido a pó, é obrigado a dançar a música deles”, ironizou.
O Tribuna da Kianda tomou conhecimento de uma fonte policial que os veículos transportados para este parque só saem com a autorização dos oficiais superiores da corporação.
Seguro pode determinar indemnizações
O director técnico da Mundial Seguro, Álvaro Pereira, explicou ao Tribuna da Kianda que se a Polícia Nacional tiver seguro, caberá à seguradora, com quem ela trabalha assumir esta responsabilidade, visto que a corporação fará a transferência das suas responsabilidades no caso de provocar um dano.
“É importante explicar que estamos a analisar com base em hipóteses. Se a Polícia tiver seguro competirá à seguradora assumir este risco e dentro do pacote de seguro de incêndio, há uma cláusula que estabelece que pode cobrir os danos materiais e de responsabilidade civil”, esclareceu.
Álvaro Pereira declarou ainda que se os proprietários das viaturas tiverem o seguro pago, neste caso não poderá contar porque o incidente deu-se dentro das instalações de um terceiro e terá de se fazer um levantamento para se apurar como é que surgiram as chamas. “Se eventualmente uma das viaturas tiver seguro e o proprietário accionar a seguradora, o processo terá de ser bem analisado e não será de forma leviana que arcaremos com essa responsabilidade”, concluiu.
A nossa equipa de reportagem deslocou-se esta quinta-feira 29 ao parque da BET para constatar o estado em que ficaram as viaturas mas não teve éxito no seu trabalho, pois por ordens do comandante municipal de Viana da Polícia Nacional, Augusto Viana, podia-se ter acesso ao recinto mas sem permissão para fotografar.
O director técnico da Mundial Seguro, Álvaro Pereira, explicou ao Tribuna da Kianda que se a Polícia Nacional tiver seguro, caberá à seguradora, com quem ela trabalha assumir esta responsabilidade, visto que a corporação fará a transferência das suas responsabilidades no caso de provocar um dano.
“É importante explicar que estamos a analisar com base em hipóteses. Se a Polícia tiver seguro competirá à seguradora assumir este risco e dentro do pacote de seguro de incêndio, há uma cláusula que estabelece que pode cobrir os danos materiais e de responsabilidade civil”, esclareceu.
Álvaro Pereira declarou ainda que se os proprietários das viaturas tiverem o seguro pago, neste caso não poderá contar porque o incidente deu-se dentro das instalações de um terceiro e terá de se fazer um levantamento para se apurar como é que surgiram as chamas. “Se eventualmente uma das viaturas tiver seguro e o proprietário accionar a seguradora, o processo terá de ser bem analisado e não será de forma leviana que arcaremos com essa responsabilidade”, concluiu.
A nossa equipa de reportagem deslocou-se esta quinta-feira 29 ao parque da BET para constatar o estado em que ficaram as viaturas mas não teve éxito no seu trabalho, pois por ordens do comandante municipal de Viana da Polícia Nacional, Augusto Viana, podia-se ter acesso ao recinto mas sem permissão para fotografar.
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