Morreu na madrugada desta segunda-feira, 9, em Lisboa, vítima de ataque cardíaco, o Frei João Domingos, pároco da Igreja do Carmo de Luanda. Teria se deslocado em Abril passado à sua terra natal, Portugal, a fim de receber assistência médica.
O Sacerdote que notabilizou-se em Angola, onde trabalhou longos anos, faleceu no dia em que completaria 78 anos de idade devendo ser enterrado em Portugal (Era sei desejo ser enterrado na terra onde iria falecer).
O jornalista Reginaldo Silva descreve num artigo publicado no seu blog (http://www.morrodamianga.blogspot.com/), intitulado “Morreu o Frei dos Pobres!”, que o seu desaparecimento físico representa o silenciar de uma dais voz poderosa que se batia em defesa de uma Angola mais justa.
“João Domingos, de nacionalidade portuguesa, a dirigir neste momento uma das mais importantes instituições educativas da igreja católica em Luanda, tem-se destacado neste tipo de abordagens pela profundidade com que equaciona o problema da riqueza versus pobreza, sobretudo em termos de consequências negativas para o equilíbrio social e a paz nacional”, descreve o jornalista recorrendo a um artigo que estava arquivado.
Reginaldo Silva disse ainda que era fácil perceber nas suas palavras a grande preocupação com o que poderia vir a ser a reacção menos controlada das populações mais pobres em Angola diante da ofensiva dos ricos resguardados pelo poder político. Uma ofensiva que agora tem na ocupação das terras quer urbanas quer rurais, um pouco por todo o país, a sua principal linha de força, de ataque, já com bastante violência à mistura e algumas vítimas a lamentarem.
No site Club-k, o Frei é descrito como alguém que dedicou-se a causa dos pobres e foi uma das vozes mais críticas do clero contra as práticas de corrupção instaurada pelo MPLA em Angola.
“A 13 de Setembro de 2009, numa das suas homilias o frei chamou atenção aos angolanos para não se calarem, pedindo que continuem a falar e a denunciar as injustiças, para que este país seja diferente, asseverou o Frei João Domingos, na altura tendo indo mais longe ao dizer que não podem se calar mesmo que nos custe a morte, assim como aconteceu com muitos angolanos, a exemplo de Jesus”, lê-se no site.
De acordo com o Club-k, as suas palavras teriam caído mal nas hostes do regime do MPLA, levando a turma de José Ribeiro do Jornal de Angola a lançar um editorial a ofender o padre dizendo que: “O frei João Domingos é um desbocado, que, volta e meia, não resiste em levantar a sotaina para tentar saltar para as luzes da ribalta.” José Ribeiro foi criticado pela falta de consideração ao homem de Deus que procurava direccionar os angolanos com as palavras do senhor.
“Desconhece-se que moral terá José Ribeiro e o seu Jornal de Angola em escreverem sobre o desaparecimento do carismático padre ao qual não tinham respeito”, diz o site.
“João Domingos, o “Frei dos Pobres” como já foi apelidado por alguma imprensa luandense, voltou (…) a falar da insatisfação dos pobres pela forma como as terras mais produtivas e mais rentáveis têm estado a passar para o domínio da propriedade privada dos novos ricos angolanos”, recorda o jornalista.
O Sacerdote que notabilizou-se em Angola, onde trabalhou longos anos, faleceu no dia em que completaria 78 anos de idade devendo ser enterrado em Portugal (Era sei desejo ser enterrado na terra onde iria falecer).
O jornalista Reginaldo Silva descreve num artigo publicado no seu blog (http://www.morrodamianga.blogspot.com/), intitulado “Morreu o Frei dos Pobres!”, que o seu desaparecimento físico representa o silenciar de uma dais voz poderosa que se batia em defesa de uma Angola mais justa.
“João Domingos, de nacionalidade portuguesa, a dirigir neste momento uma das mais importantes instituições educativas da igreja católica em Luanda, tem-se destacado neste tipo de abordagens pela profundidade com que equaciona o problema da riqueza versus pobreza, sobretudo em termos de consequências negativas para o equilíbrio social e a paz nacional”, descreve o jornalista recorrendo a um artigo que estava arquivado.
Reginaldo Silva disse ainda que era fácil perceber nas suas palavras a grande preocupação com o que poderia vir a ser a reacção menos controlada das populações mais pobres em Angola diante da ofensiva dos ricos resguardados pelo poder político. Uma ofensiva que agora tem na ocupação das terras quer urbanas quer rurais, um pouco por todo o país, a sua principal linha de força, de ataque, já com bastante violência à mistura e algumas vítimas a lamentarem.
No site Club-k, o Frei é descrito como alguém que dedicou-se a causa dos pobres e foi uma das vozes mais críticas do clero contra as práticas de corrupção instaurada pelo MPLA em Angola.
“A 13 de Setembro de 2009, numa das suas homilias o frei chamou atenção aos angolanos para não se calarem, pedindo que continuem a falar e a denunciar as injustiças, para que este país seja diferente, asseverou o Frei João Domingos, na altura tendo indo mais longe ao dizer que não podem se calar mesmo que nos custe a morte, assim como aconteceu com muitos angolanos, a exemplo de Jesus”, lê-se no site.
De acordo com o Club-k, as suas palavras teriam caído mal nas hostes do regime do MPLA, levando a turma de José Ribeiro do Jornal de Angola a lançar um editorial a ofender o padre dizendo que: “O frei João Domingos é um desbocado, que, volta e meia, não resiste em levantar a sotaina para tentar saltar para as luzes da ribalta.” José Ribeiro foi criticado pela falta de consideração ao homem de Deus que procurava direccionar os angolanos com as palavras do senhor.
“Desconhece-se que moral terá José Ribeiro e o seu Jornal de Angola em escreverem sobre o desaparecimento do carismático padre ao qual não tinham respeito”, diz o site.
“João Domingos, o “Frei dos Pobres” como já foi apelidado por alguma imprensa luandense, voltou (…) a falar da insatisfação dos pobres pela forma como as terras mais produtivas e mais rentáveis têm estado a passar para o domínio da propriedade privada dos novos ricos angolanos”, recorda o jornalista.
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