segunda-feira, 12 de julho de 2010

Mandela, polvo e vuvuzelas são os personagens da Copa

Mandela, polvo-profeta e vuvuzela: personagens da Copa (Foto: Editoria de Arte / GLOBOESPORTE.COM)
O diretor do Comitê Organizador da Copa 2010, , brinca Jordaan, lembra com bom humor das imagens que marcaram o Mundial da África do Sul
As vuvuzelas já estavam consagradas mesmo antes do Mundial. Mas, ao contrário de alguns grandes craques que não brilharam no torneio, ela, sim, cumpriu seu papel. Fez barulho, muito barulho, e se tornou um dos símbolos da primeira Copa da África. Parecia soberana, absoluta, até que o polvo Paul virou um fenômeno por todo mundo. Ganhou fama por acertar os resultados dos jogos da Alemanha e ainda cravar a Espanha como campeã. Craque com 100% de aproveitamento, entrou na seleção dos melhores. Ambos foram citados com louvor e bom-humor por Danny Jordaan, o diretor-executivo do Comitê Organizador, que destacou também a presença de Nelson Mandela, o craque que brilhou mesmo tendo atuado apenas por poucos minutos antes da decisão.
- Gostaria de parabenizar as personalidades que emergiram nesta Copa. Uma é a vuvuzela, o outro é Paul, o polvo, tenho certeza que todos o conhecem muito bem. Não sei qual deles ficou mais famoso. Mas devo dizer que, para mim, o grande nome foi Nelson Mandela. A presença dele no estádio, antes da final, foi a mais especial do torneio - destacou.Os elogios de Jordaan foram feitos na entrevista coletiva de encerramento da Copa, concedida pela Fifa e pelo Comitê Organizador da Copa nesta segunda-feira. Após as perguntas, o presidente da Fifa, Joseph Blatter, fez questão de terminar o encontro com uma homenagem a Nelson Mandela. E atribuiu ao maior herói sul-africano o mérito de trazer a Copa pela primeira vez para a África.
- Esta Copa foi concluída com um momento especial. Mostrou a ligação da história de liberdade deste país com a história de um homem. Um homem que ainda está vivo, com quase 92 anos, que sofreu muito, mas que ao sair da prisão trouxe consigo uma mensagem de paz e generosidade. Conheci-o pela primeira vez em 1992, quando a África do Sul ainda nem havia sido fundada como é hoje. E neste primeiro contato, ele já manifestara o sonho de um dia receber a Copa no país dele. Quando anunciamos que ela iria para a África do Sul, em 2004, ele pegou o troféu e disse: "agora meu sonho é real". Ele trouxe a Copa para a África do Sul, ele foi o homem que fez isso. E ontem quis ir à final para ver seu sonho de perto. Quero encerrar esta entrevista e esta Copa fazendo uma homenagem ao humanismo. O humanismo existe e tem um nome. Com este nome, eu encerro esta Copa do Mundo: Nelson "Madiba" Mandela.

Foto: Por Rafael Pirrho Direto de Joanesburgo, África do Sul, in Globo.com

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