segunda-feira, 3 de maio de 2010

Cidadão mata mulher no Sambizanga

O cidadão Constantino Dunbo, 30 anos, é acusado de espancar até à morte a sua esposa Marta Samuel, 28 anos, na noite de segunda-feira, 26, no município do Sambizanga, em Luanda. Vivia há 13 anos e tinha quatro filhos com idades respectivamente de nove meses, dois, quatro e seis anos.
O jovem, que trabalha numa empresa de segurança, contou à imprensa que brigou com a sua esposa porque ela desobedeceu a uma ordem médica no sentido de se abster do consumo de bebidas alcoólicas, devido a uma ferida crónica.
“Os médicos já tinham recomendado para ela deixar de beber por causa dos estragos que o álcool poderia causar à sua saúde, mas ela insistia e sempre que eu chegava do serviço era informado que ela continuava a beber”, frisou.
Constantino Dunbo contou que por volta das 18 horas, estava em casa a descansar em companhia dos quatro filhos, quando o informaram que a sua esposa estava embriagada na rua e que não conseguia chegar a casa. Passados alguns minutos, segundo contou, a mulher entrava em casa num estado lastimável.
“Quando ela entrou em casa procurei saber que motivos a levaram a beber até chegar naquele estado e a minha esposa respondeu apenas que estava desesperada, porque a sua ferida não curava”, lembrou o acusado.
O presumível assassino revelou que a vítima ficou aborrecida com a chamada de atenção e começou a arrancar o postiço que tinha na cabeça, tendo-se atirado contra ele. “Não resisti e dei-lhe dois socos na barriga e, como ela estava agitada, fez uns movimentos estranhos caiu e bateu com a cabeça num ferro que se encontrava no quintal”, detalhou.
Questionado porque não socorreu imediatamente a sua companheira, ao vê-la deitada no chão, Constantino confessou que não foi a tempo, porque ela levantou-se alguns minutos depois.
O casal foi dormir, mas ao tentar acordar Marta Samuel para fazer as pazes, Constantino Dumbo notou que o corpo da esposa estava gelado e concluiu que a ela tinha falecido.
Segundo ele, estavam a dormir quando ela se levantou para ir à casa de banho, mas quando regressou tentou acordá-la para uma possível reconciliação. “Depois de ver que ela estava fria”, Dumbo conta que olhou para o relógio, eram três horas da manhã.
Esperou que amanhecesse para ir a casa dos seus familiares informar sobre o sucedido e posteriormente à Esquadra Policial mais próxima, onde se apresentou para evitar que os parentes dela o encontrassem primeiro. “Eu receava que me poderiam matar, a pensar que fui eu quem pôs fim à vida da filha deles”, alegou o senhor, explicando que assim como outros casais, ele e a malograda viviam num ambiente normal. Com alguns problemas, mas que acabavam por ser ultrapassados. “Sempre que tínhamos um problema, eu limitava-me a chamar -lhe a atenção, embora, na maior parte das vezes, tivesse de lhe bater com algumas chicotadas nas nádegas”, confessou arrependido, adiantando que nunca chegou a inflamar-lhe o rosto. “Desta vez e para meu azar, aconteceu o pior”, concluiu.
Para o funcionário do gabinete de comunicação e imagem do Comando Provincial de Luanda da Polícia Nacional, subinspector Nestor Goubel, tudo indica que a vítima morreu depois de ter batido com a nuca num objecto, fruto de uma bofetada desferida pelo marido.
700 Detidos em 30 dias
Os efectivos da Polícia Nacional desmantelaram 14 grupos de marginais e detiveram 700 indivíduos como resultado de 20 operações de patrulhamento realizadas nos nove municípios da capital.
O subinspector Nestor Goubel disse que, para além dos grupos referidos, foram desmantelados parcialmente 11 grupos de marginais.
Os grupos, que actuavam numa composição de quatro a seis elementos, com idades entre os 16 e 25 anos, eram protagonistas de actos de vandalismo, assaltos à mão armada na via pública, muitas das vezes no período diurno, roubo de telemóveis, jóias e viaturas.
Os jovens são indiciados como falsificadores de documentos, autores de homicídios voluntários, assalto a estabelecimentos comerciais e violações sexuais. Os marginais praticavam ainda assaltos em residências, no interior de viaturas, paragens de táxi e em locais onde há pouca luminosidade.

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