sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

As “batatas quentes” da ministra da Comunicação Social

Os directores dos diferentes órgãos de comunicação social angolano que estiveram presentes nesta quinta-feira, 11, em Luanda, no primeiro encontram que a ministra Carolina Cerqueira, voltaram a manifestar-se esperançosos que a nova titular do cadeirão máximo do edifício dos Combatentes.
Os responsáveis manifestaram as suas pretensões durante a cerimónia de apresentação da ministra Carolina Cerqueira aos directores e outros responsáveis dos diferentes órgãos de comunicação social públicos e privados do país, ao mesmo tempo que recebia as pastas do sector das mãos do ministro cessante, Manuel Rabelais, acto decorrido na sala de reuniões do Ministério da Comunicação Social.
O director do gabinete especial do semanário O PAÍS, Luís Fernando, manifestou, em entrevista a Angop, que espera que Carolina Cerqueira trabalhe para um maior fortalecimento do Ministério da Comunicação Social (MCS), devido a importância desta instituição, como na transmissão e difusão da informação, formação, entre outros conhecimentos.
Luís Fernando espera que a governante se debruce e resolva os vários pendentes como a efectivação da Lei de Imprensa, um documento sobre a ética, código e deontologia profissional que visa evitar atropelos a profissão.
A aprovação da atribuição da Carteira Profissional de Jornalista, para uma melhor distinção e definição dos diferentes integrantes da classe foi outra das preocupações apresentadas pelo interlocutor que deseja ver resolvido com a nova ministra.
Na esperança de que a ministra não venha a proceder do mesmo jeito que o seu antecessor, que numa ocasião semelhante comprometeu-se a seguir pelo mesmo caminho mais depois mudou, os mais altos responsáveis dos meios de comunicação social manifestaram-se esperançosos que a ministra cumpra com os compromissos assumidos.
É neste diapasão que o director da Rádio Ecclésia, padre Maurício Camuto, manifestou que a órgão que dirige prosseguirá com as suas demarches, agora junto da nova ministra, com vista a trabalharem para viabilizarem o processo da expansão do sinal daquela emissora a toda extensão do país.
O padre enfatizou que quando há mudança de responsáveis de instituições, as pessoas renovam as suas esperanças e expectativas de melhoria. Por isso, espera que a nova ministra venha a melhorar ainda mais as questões ligadas ao funcionamento dos órgãos de Comunicação Social.
Por sua vez, Suzana Mendes, directora de informação do “Jornal Angolense”, anseia que a titular da pasta da comunicação social intervenha também para a redução das taxas alfandegárias de várias matérias-primas, que concorrem para a feitura do jornal como o papel.
“Como órgão privado e sem afectação de fundos públicos, espero, a exemplo de outros países, que a nova governante do aludido sector reveja também a questão da diminuição do custo do preço do desalfandegamento do papel, que constitui a principal matéria-prima dos jornais”, argumentou.
A directora de informação do Jornal Angolense espera ainda que a governante se empenhe para o crescimento do sector e para um maior fortalecimento da liberdade de expressão.
Segundo Suzana Mendes, nos últimos tempos, o país tem conhecido avanços em termos da liberdade de expressão, embora pretenda um maior aumento e fortalecimento deste pressuposto, importante para o desenvolvimento do sector, assim como espera mais diálogo e união a nível da classe.
“Espero que a nova ministra ajude a melhorar ainda mais o relacionamento institucional entre as empresas de comunicação social públicas e privadas, com o objectivo de engrandecer ainda mais a classe, uma vez que todas prosseguem o mesmo fim, de contribuir para o desenvolvimento do país”, argumentou.
Estiveram presentes no acto, realizado numa das salas de reuniões do MCS, directores dos órgãos de Comunicação Social públicos e privados, funcionários seniores do sector, entre outras entidades ligadas à classe, com destaque para as presenças do vice-ministro da Comunicação Social e o director nacional de Informação, respectivamente, Manuel Miguel de Carvalho "Wadijimbi" e José Luís de Matos.

Com Angop.

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