Seis elementos não identificados assaltaram esta quarta-feira, 6, a dependência do Banco Privado Atlântico (BPA) e a agência de Viagem Emirats, na zona do Talatona, deixando um segurança ferido.
Os assaltantes, que apareceram em duas viaturas, de marca Hiunday Santa Fé e Land Rover, dividiram-se em dois grupos de três elementos cada.
Enquanto uns entraram na agência passando-se por clientes, ou outros permaneceram de forma discreta na parte exterior da Emirats, sem procurar chamar a atenção dos seguranças e dos oficiais da Polícia Nacional que patrulhavam o local.
Os indivíduos, que inicialmente aparentavam estar desarmados, ameaçaram a gerente do banco com uma arma de fogo e exigiam que ela fizesse a entrega de todos os valores que julgavam existir nos cofres, caso contrário seria alvejada.
Segundo o porta-voz do Comando Provincial de Luanda da Polícia Nacional, superintendente chefe Jorge Bengue, ao se aperceberem que na parte exterior da agência existiam alguns agentes da sua corporação, os marginais entraram em pânico e tentaram a todo custo não sair daquele recinto com as mãos abanadas.
“Ao se aperceberem que o assalto estava condenado ao fracasso, os marginais que estavam nas imediações da agência de Viagens Emirats optaram por um plano b que consistiu em tentar furtar algum bem nesta instituição e acabaram unicamente por levar um computador. Visto que não havia dinheiro”, explicou o porta-voz.
O assalto ocorreu alguns minutos depois de um dos carros fortes da empresa que protege o estabelecimento ter saído do local, carregando consigo a maior parte dos valores monetários que se encontravam na agência.
“Acreditamos que eles ao verem o carro forte a sair do banco julgaram que tinham levado o dinheiro e nem sequer lhes ocorreu que havia agentes da polícia no local”, contou o oficial. Frustrado pelo desastre, os marginais fizeram alguns disparos no momento da retirada, que chegou a atingir um dos seguranças que protegiam o local.
Depois do assalto que houve na agência do banco BIC da Vila da Gamek, a direcção do Comando Provincial de Luanda da Polícia Nacional apresentou aos proprietários das empresas de segurança, gestores bancários e de casas de câmbios as novas medidas de protecção que seriam aplicadas durante a quadra festiva.
Jorge Bengue garantiu na altura a este jornal que a corporação estudou a forma como foram realizados os assaltos durante o ano passado e em função disso observaram o ‘modus Operandi’ dos meliantes, tendo em atenção os balcões que oferecem maior vulnerabilidade em termos de segurança, principalmente por causa da localização geográfica das dependências.
Foram também destacados nas zonas circundantes aos bancos agentes em postos fixos, patrulhamento apeado, auto e o motorizado, através da brigada móvel da Unidade Operativa de Luanda O Comando Provincial realizou uma serie de encontros de concertação e coordenação com os responsáveis das várias agências bancárias em Luanda e os detentores das empresas de segurança privada que protegem esses bancos.
A localização geográfica e a estrutura interna foram alistadas por apontadas como principais pontos de vulnerabilidade das agências. Os bancos situados nas vias principais de circulação oferecem menos vulnerabilidade, segundo ele.
O Banco Internacional de Credito (BIC) está entre as agências que mais assaltos sofreram nos últimos seis meses. O Comando Provincial da Polícia de Luanda apresentou publicamente há duas semanas um dos supostos assaltantes de várias agências bancárias nesse período. José Cangundo é acusado de ter participado do assalto às dependências do BIC, Banco KEVE e Rede Expresso 24.
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