O psicólogo Nvunda Tonet considera que, ao se aplicarem os mecanismos de fiscalização da lei que restringe os locais onde se pode fumar, deve-se ter em conta que o meio, tendo em atenção que os habitantes das zonas rurais não conseguem arrecadar anualmente 40 mil Kwanzas.
“Acho que a mesma deve se coadunar com o nível sociocultural dos angolanos na sua maioria e não de um grupo restrito. No diploma final sobre a proibição de fumar em locais públicos, deve vir contemplada uma anotação sobre os espaços de preservação do património cultural, tendo em atenção os hábitos e costumes do povo angolano”, opinou.
Segundo o psicólogo, a grande dificuldade que os governantes terão é de definir o que podem ser entendidos como locais públicos, para além dos que foram mencionados: “Os mercados, por exemplo, são locais públicos e como é que se vai controlar as pessoas que fumam nestes locais?” questionou o próprio.
Para facilitar o trabalho do Estado e levar as pessoas a não violarem a lei, Nvunda Tonet considera que todo o cidadão deve agir como um fiscalizador. Ele pensa que um dos aspectos que essa lei peca é a sua publicidade, porque é necessário termos em conta que existem zonas rurais, onde os jornais e o sinal de rádio não chegam.
“A publicitação deve ser feita com a mesma intensidade com que é realizada a campanha contra a SIDA e nas comunidades onde não se fala português. Deve ser transmitida em línguas nacionais”, defende o psicólogo.
O nosso interlocutor acredita que a lei funcionará simplesmente como uma inibição, porque os fumantes vão contar com menos espaços para saciar o vício. Muitos deles não vão fumar nos sítios onde privam os seus contactos sociais, razão pela qual alguns poderão mesmo deixar de fumar.
Tonet garantiu que “o primeiro passo para a pessoa deixar, não só de fumar como qualquer vício, é ter vontade e vivido um grau de sofrimento muito grande causado pelo mesmo”. Por isso, o psicólogo referiu que “se a pessoa não estiver interessada em mudar, todas as investidas que fizermos serão infrutíferas”.
“Acho que a mesma deve se coadunar com o nível sociocultural dos angolanos na sua maioria e não de um grupo restrito. No diploma final sobre a proibição de fumar em locais públicos, deve vir contemplada uma anotação sobre os espaços de preservação do património cultural, tendo em atenção os hábitos e costumes do povo angolano”, opinou.
Segundo o psicólogo, a grande dificuldade que os governantes terão é de definir o que podem ser entendidos como locais públicos, para além dos que foram mencionados: “Os mercados, por exemplo, são locais públicos e como é que se vai controlar as pessoas que fumam nestes locais?” questionou o próprio.
Para facilitar o trabalho do Estado e levar as pessoas a não violarem a lei, Nvunda Tonet considera que todo o cidadão deve agir como um fiscalizador. Ele pensa que um dos aspectos que essa lei peca é a sua publicidade, porque é necessário termos em conta que existem zonas rurais, onde os jornais e o sinal de rádio não chegam.
“A publicitação deve ser feita com a mesma intensidade com que é realizada a campanha contra a SIDA e nas comunidades onde não se fala português. Deve ser transmitida em línguas nacionais”, defende o psicólogo.
O nosso interlocutor acredita que a lei funcionará simplesmente como uma inibição, porque os fumantes vão contar com menos espaços para saciar o vício. Muitos deles não vão fumar nos sítios onde privam os seus contactos sociais, razão pela qual alguns poderão mesmo deixar de fumar.
Tonet garantiu que “o primeiro passo para a pessoa deixar, não só de fumar como qualquer vício, é ter vontade e vivido um grau de sofrimento muito grande causado pelo mesmo”. Por isso, o psicólogo referiu que “se a pessoa não estiver interessada em mudar, todas as investidas que fizermos serão infrutíferas”.
Spray da salvação
O psicólogo Nvunda Tonet garantiu-nos que existe um antídoto anti-tabaco denominado “Amazon”. Muitos fumadores utilizam para se livrarem do vício, mas não faz efeito caso o consumidor não esteja interessado em deixar.
A equipa de reportagem encontrou o produto numa das prateleiras do Hipermercado Jumbo. O antídoto vem num frasco pequeno que é comercializado a 3.500 Kwanzas. O tempo de duração depende da quantidade de vezes que os consumidores utilizarem. “ As pessoas devem utilizar duas vezes sempre que estiveram a sentir vontade de fumar, mas posso assegurar que dura em média dois dias”, garantiu uma funcionária da loja.
A fonte realçou que diariamente são comercializados em média cinco frascos. A maior parte dos clientes são cidadãos com idades compreendidas entre os 30 e 50 anos. Segundo ela, “o medicamento faz efeito, porque, depois de curados, a maior parte dos nossos clientes recomendam o antídoto a outras pessoas que se encontram dependentes do fumo e têm vontade de se libertarem deste vício. Quando eles vêm contam que foram recomendados por um ex-cliente”. “O medicamento torna-se ineficaz para as pessoas que não têm vontade de deixar de fumar. Por isso, aconselho-os a não adquirirem-no quando acharem que não querem parar. Assim só vão gastar dinheiro”, salientou a nossa fonte.
Por falta de autorização, a fonte não especificou a origem do medicamento e dos ingredientes utilizados para a sua composição. Sabe-se apenas que o nome “Amazon” está ligado à floresta do Amazonas, localizada no Brasil.
Tabaco vai matar mais que SIDA
O último relatório divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta dados sobre os esforços mundiais contra o tabagismo. Segundo a OMS, apenas 5% da população mundial vive em países com adopção de medidas-chaves que reduz as taxas do tabagismo. Outro dado preocupante é que se não houver um esforço global para diminuir o número de fumantes, o tabagismo pode matar 1 bilhão de pessoas no século XXI, nos países subdesenvolvimento.
Um estudo desenvolvido, em 2006, pelos peritos da OMS sobre os efeitos do tabaco no corpo humano revela que esta erva vai matar mais pessoas que a SIDA até 2015. Os dados afirmam que até 2030, o número de mortes a nível mundial causadas pelo tabaco vai aumentar mais de 53%.
As projecções da OMS apontam para 8,3 milhões de óbitos, contra os 5,4 milhões de 2005 e os 6,4 milhões de 2015. Nos países com baixos e médios rendimentos, o número de mortes causadas pelo tabagismo deverá duplicar para 6,8 milhões de pessoas no espaço de 24 anos, ou seja, até 2030. Sentido inverso terá a mortalidade causada pelo tabaco nos países ricos, que, segundo as previsões da Organização Mundial da Saúde, deverá baixar 9%, matando 1,5 milhões de pessoas.
Perante este cenário, a OMS não se coíbe de lançar um duro ataque à indústria tabaqueira mundial, acusando-a de virar baterias para os jovens dos países mais pobres como forma de compensar a progressiva e crescente quebra de vendas nos países desenvolvidos e industrializados. Além disso, o consumo de tabaco está em queda nos países ricos, mas é crescente nos pobres e de renda média, segundo a OMS. Entre as maiores preocupações está a pouca acção dos governos e os impostos arrecadados pelos produtos.
O documento revela que os governos, na maioria dos países, recolhem 500 vezes mais dinheiro nos impostos sobre produtos de tabaco a cada ano do que gastam em esforços de controle do tabagismo. A medida mais eficaz para reduzir o consumo, de acordo com a análise da OMS, é o aumento dos impostos. Na África do Sul, por exemplo, o consumo de cigarros caiu cerca de 40% a partir da década de 90 porque o preço do maço dobrou.
Tabaco vai matar mais que SIDA
O último relatório divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta dados sobre os esforços mundiais contra o tabagismo. Segundo a OMS, apenas 5% da população mundial vive em países com adopção de medidas-chaves que reduz as taxas do tabagismo. Outro dado preocupante é que se não houver um esforço global para diminuir o número de fumantes, o tabagismo pode matar 1 bilhão de pessoas no século XXI, nos países subdesenvolvimento.
Um estudo desenvolvido, em 2006, pelos peritos da OMS sobre os efeitos do tabaco no corpo humano revela que esta erva vai matar mais pessoas que a SIDA até 2015. Os dados afirmam que até 2030, o número de mortes a nível mundial causadas pelo tabaco vai aumentar mais de 53%.
As projecções da OMS apontam para 8,3 milhões de óbitos, contra os 5,4 milhões de 2005 e os 6,4 milhões de 2015. Nos países com baixos e médios rendimentos, o número de mortes causadas pelo tabagismo deverá duplicar para 6,8 milhões de pessoas no espaço de 24 anos, ou seja, até 2030. Sentido inverso terá a mortalidade causada pelo tabaco nos países ricos, que, segundo as previsões da Organização Mundial da Saúde, deverá baixar 9%, matando 1,5 milhões de pessoas.
Perante este cenário, a OMS não se coíbe de lançar um duro ataque à indústria tabaqueira mundial, acusando-a de virar baterias para os jovens dos países mais pobres como forma de compensar a progressiva e crescente quebra de vendas nos países desenvolvidos e industrializados. Além disso, o consumo de tabaco está em queda nos países ricos, mas é crescente nos pobres e de renda média, segundo a OMS. Entre as maiores preocupações está a pouca acção dos governos e os impostos arrecadados pelos produtos.
O documento revela que os governos, na maioria dos países, recolhem 500 vezes mais dinheiro nos impostos sobre produtos de tabaco a cada ano do que gastam em esforços de controle do tabagismo. A medida mais eficaz para reduzir o consumo, de acordo com a análise da OMS, é o aumento dos impostos. Na África do Sul, por exemplo, o consumo de cigarros caiu cerca de 40% a partir da década de 90 porque o preço do maço dobrou.
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