Ponto Prévio: As autoridades judiciais iniciaram há duas semanas a julgar os quatro jovens que supostamente estão envolvidos no assassínio no juiz Gaspar Macumbi e do oficial da Polícia Milton Janota. Está terça-feira, 23, os 26 declarantes terão sido auscultados pela equipa de juízes da Sexta Secção do Tribunal Provincial de Luanda, liderada da pela jurista Mariana Kalei. Para refrescar a memória dos internautas, publicamos de seguida uma entrevista que o marginais concederam ao jornal Angolense, em 2007, à quando da sua apresentação a imprensa.
Domingos Benjamim Canganjo, também conhecido por “Miro King”, de 22 anos (na foto), e Adilson Mateus João, conhecido por "Adi Galinha", de 19, são dois jovens com cadastro criminal repleto de distúrbios na via pública, roubo de telemóvel, assaltos à mão armada e homicídios. De todas as façanhas que lhes são atribuídas, a que mais se destaca é a eliminação física do juiz Macumbi. Através da descrição dos assassinos confessos, recolhida no momento em que foram apresentados pela Polícia Nacional, saiba como tudo ocorreu.
P- Que motivo o levou a matar o juiz Pascoal Mucumbi?
R-Domingos Benjamim Canganjo (D.B.C.): Não tínhamos intenção de matar o juiz. Interpelamos uma viatura de marca Toyota Hyace, onde recebemos todo dinheiro que eles tinham, era de noite, depois de dispararmos corremos em direcção a rua da vaidade. A população vinham atrás de nós com objectos para nos bater e para não sermos seguidos tirei a pistola e fiz um tiro, continuamos a correr. Três dias depois, fomos detidos pela polícia, foi aí que nos disseram que os tiros que efectuei atingiram um juiz que morreu no hospital.
P- Segundo as informações que recebemos, vocês tinham como objectivo levar a viatura do juiz?
R-D.B.C: Isso não corresponde a verdade. Nem fazíamos ideia que ele era juiz e quando fiz o tiro não deu para ver quem vinha no outro lado da estrada. Não foi nossa intenção matar o juiz e muito menos roubar a viatura, naquele momento o nosso medo era de que a população nos matasse.
P- Depois de tudo, para onde foram?
R-D.B.C: Ficamos em nossas casas, no bairro Asa branca, no Cazenga.
P- Que motivo o levou a matar o juiz Pascoal Mucumbi?
R-Domingos Benjamim Canganjo (D.B.C.): Não tínhamos intenção de matar o juiz. Interpelamos uma viatura de marca Toyota Hyace, onde recebemos todo dinheiro que eles tinham, era de noite, depois de dispararmos corremos em direcção a rua da vaidade. A população vinham atrás de nós com objectos para nos bater e para não sermos seguidos tirei a pistola e fiz um tiro, continuamos a correr. Três dias depois, fomos detidos pela polícia, foi aí que nos disseram que os tiros que efectuei atingiram um juiz que morreu no hospital.
P- Segundo as informações que recebemos, vocês tinham como objectivo levar a viatura do juiz?
R-D.B.C: Isso não corresponde a verdade. Nem fazíamos ideia que ele era juiz e quando fiz o tiro não deu para ver quem vinha no outro lado da estrada. Não foi nossa intenção matar o juiz e muito menos roubar a viatura, naquele momento o nosso medo era de que a população nos matasse.
P- Depois de tudo, para onde foram?
R-D.B.C: Ficamos em nossas casas, no bairro Asa branca, no Cazenga.
P- Mas, a polícia diz que vocês foram detidos em Viana?
R-D.B.D: Não é verdade, porque eu e o Adilson vivemos no Cazenga com as nossas mulheres e filhos.
P- Há quanto tempo vocês praticam este tipo de actos?
R-DBC: Há dois anos.
P- Para além de roubar, o que faziam?
R-DBC: Vendia roupa no mercado Asa branca, mas depois já não tinha meios para continuar a vender, foi assim que comecei, depois nunca fomos apoiados pelos nossos pais. No meu caso, já não sei fazer outra coisa, nunca tive outra profissão.
Adilson Mateus: O meu pai é muito mau e nunca me deu oportunidade de ter um futuro melhor.
P- Vocês também são acusados de ter assassinado um oficial da Polícia?
R-AMJ: Estávamos na rua, de repente vimos o polícia, mandamos-lhe parar e pedimos dinheiro, mas o polícia disse que não tinha. Eu disse para ele ir, mas o Miro pós a mão no bolso dele e tirou o telefone. Depois, mandamos-lhe ir embora, mas, quando olhamos para trás nos apercebemos que ele estava a tirar uma arma do sapato. Ficamos com medo, agarrei no polícia e lutei com ele, o Miro já estava no beco e sentiu a minha ausência, voltou e encontrou-me a lutar com o polícia, o tiro foi dado sem intenção. Acho que se eu não o tivesse agarrado, o polícia teria me matado.
P- Como se sentem ao serem culpados da morte de tantas pessoas?
R-DBC e AMJ: Arrependidos.
R-DBC: Já nem sei mais o que dizer, desde que tomei conhecimento que o juiz e o polícia morreram, já não consigo dormir. Prometo que depois de sair da cadeia nunca mais vou voltar a fazer isto. Acho que tudo o que aconteceu foi ideia do diabo, porque sempre me dediquei a venda de roupa para garantir o sustento do meu filho.
R-AMJ: Quando sair da prisão, a primeira coisa a fazer será entrar de novo na igreja e deixar as más companhias, essa vida só vai sujar a minha imagem.
R-D.B.D: Não é verdade, porque eu e o Adilson vivemos no Cazenga com as nossas mulheres e filhos.
P- Há quanto tempo vocês praticam este tipo de actos?
R-DBC: Há dois anos.
P- Para além de roubar, o que faziam?
R-DBC: Vendia roupa no mercado Asa branca, mas depois já não tinha meios para continuar a vender, foi assim que comecei, depois nunca fomos apoiados pelos nossos pais. No meu caso, já não sei fazer outra coisa, nunca tive outra profissão.
Adilson Mateus: O meu pai é muito mau e nunca me deu oportunidade de ter um futuro melhor.
P- Vocês também são acusados de ter assassinado um oficial da Polícia?
R-AMJ: Estávamos na rua, de repente vimos o polícia, mandamos-lhe parar e pedimos dinheiro, mas o polícia disse que não tinha. Eu disse para ele ir, mas o Miro pós a mão no bolso dele e tirou o telefone. Depois, mandamos-lhe ir embora, mas, quando olhamos para trás nos apercebemos que ele estava a tirar uma arma do sapato. Ficamos com medo, agarrei no polícia e lutei com ele, o Miro já estava no beco e sentiu a minha ausência, voltou e encontrou-me a lutar com o polícia, o tiro foi dado sem intenção. Acho que se eu não o tivesse agarrado, o polícia teria me matado.
P- Como se sentem ao serem culpados da morte de tantas pessoas?
R-DBC e AMJ: Arrependidos.
R-DBC: Já nem sei mais o que dizer, desde que tomei conhecimento que o juiz e o polícia morreram, já não consigo dormir. Prometo que depois de sair da cadeia nunca mais vou voltar a fazer isto. Acho que tudo o que aconteceu foi ideia do diabo, porque sempre me dediquei a venda de roupa para garantir o sustento do meu filho.
R-AMJ: Quando sair da prisão, a primeira coisa a fazer será entrar de novo na igreja e deixar as más companhias, essa vida só vai sujar a minha imagem.
Fonte: www.tribunadakianda.blogspot.com/ Jornal Angolense
1 comentário:
Que país é esse????...
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