O incêndio atingiu 41 residências e deixou ao relento mais de 250 famílias
Apesar de as autoridades ainda não terem esclarecido as causas do incêndio de grandes proporções que destruiu totalmente 41 casas, de um total de 60 atingidas pelas chamas, junto ao Mercado dos Trapalhões, na Ilha de Luanda, e que deixou 257 famílias ao relento, os moradores são unânimes em afirmar que o fogo partiu de um quarto onde residiam dois jovens.
Fernanda Massocolo, moradora há oito anos, contou que o fogo começou por volta das 22 horas, nas proximidades da única casa de bloco, onde residiam dois jovens. “Morava na terceira residência e quando me acordaram, pude ver que os jovens estavam a tentar apagar o fogo da sua residência para evitar que ele se alastrasse até à segunda casa, porque lá existiam duas botijas de gás”, explicou. Após os bombeiros terem assumido o controlo da situação, os jovens, cujos nomes e as idades não foram revelados pelas autoridades policiais, foram levados para a 1ª Esquadra afim de prestarem esclarecimentos sobre a origem do incêndio. Os sinistrados contam que só não houve vítimas humanas, porque os jovens foram alertando os moradores para abandonarem as suas residências. A nossa interlocutora revela que depois de ter se apercebido do sucedido, o único pensamento que lhe veio à cabeça foi o de retirar a botija de gás que estava no interior da sua residência. “Depois de ter sido acordada tentei simplesmente recuperar a minha botija de gás porque estava cheia, mas ao ver que tinha deixado o meu filho a dormir, coloquei-lhe num local que parecia seguro e regressei para ir buscá-lo, sem medo de morrer carbonizada”, explicou.
Fernanda Massocolo, moradora há oito anos, contou que o fogo começou por volta das 22 horas, nas proximidades da única casa de bloco, onde residiam dois jovens. “Morava na terceira residência e quando me acordaram, pude ver que os jovens estavam a tentar apagar o fogo da sua residência para evitar que ele se alastrasse até à segunda casa, porque lá existiam duas botijas de gás”, explicou. Após os bombeiros terem assumido o controlo da situação, os jovens, cujos nomes e as idades não foram revelados pelas autoridades policiais, foram levados para a 1ª Esquadra afim de prestarem esclarecimentos sobre a origem do incêndio. Os sinistrados contam que só não houve vítimas humanas, porque os jovens foram alertando os moradores para abandonarem as suas residências. A nossa interlocutora revela que depois de ter se apercebido do sucedido, o único pensamento que lhe veio à cabeça foi o de retirar a botija de gás que estava no interior da sua residência. “Depois de ter sido acordada tentei simplesmente recuperar a minha botija de gás porque estava cheia, mas ao ver que tinha deixado o meu filho a dormir, coloquei-lhe num local que parecia seguro e regressei para ir buscá-lo, sem medo de morrer carbonizada”, explicou.
Chegada dos Bombeiros.
Depois de notificados, os Bombeiros marcaram presença no local 30 minutos mais tarde e enquanto isso, alguns moradores procuravam refúgio à beira da praia, os mais “corajosos” tentavam recuperar os seus haveres.
“Os moradores das casas que não foram abrangidas entraram no meio do fogo e conseguiram retirar os seus bens, já nós que morávamos na zona onde começou as chamas não tivemos outra alternativa senão salvar as nossas vidas saindo apenas com a roupa do corpo e descalços”. Segundo apurámos no local, a maior partes dos sinistrados são pescadores, comerciantes e funcionários de restaurantes da Ilha de Luanda. O segundo comandante dos Bombeiros da Chicala, José da Mata, revelou que o fogo terá sido causado por uma vela acesa, deixada por um morador, em cima da mesa. José da Mata disse que para a extinção do incêndio, que durou cerca de quatro horas, foi necessário o recurso de 24 agentes dos Serviços de Bombeiros e três viaturas, provenientes da Unidade Principal, da Boavista e da Chicala. Para além da destruição das 41 casas, com os respectivos apetrechos e electrodomésticos, foram também perdidos uma motorizada de marca Yamaha, três botijas de gás butano, nove fogões, cinco camas, quatro geleiras, e duas arcas. O local encontrava-se sem energia eléctrica há vários meses.
Depois de notificados, os Bombeiros marcaram presença no local 30 minutos mais tarde e enquanto isso, alguns moradores procuravam refúgio à beira da praia, os mais “corajosos” tentavam recuperar os seus haveres.
“Os moradores das casas que não foram abrangidas entraram no meio do fogo e conseguiram retirar os seus bens, já nós que morávamos na zona onde começou as chamas não tivemos outra alternativa senão salvar as nossas vidas saindo apenas com a roupa do corpo e descalços”. Segundo apurámos no local, a maior partes dos sinistrados são pescadores, comerciantes e funcionários de restaurantes da Ilha de Luanda. O segundo comandante dos Bombeiros da Chicala, José da Mata, revelou que o fogo terá sido causado por uma vela acesa, deixada por um morador, em cima da mesa. José da Mata disse que para a extinção do incêndio, que durou cerca de quatro horas, foi necessário o recurso de 24 agentes dos Serviços de Bombeiros e três viaturas, provenientes da Unidade Principal, da Boavista e da Chicala. Para além da destruição das 41 casas, com os respectivos apetrechos e electrodomésticos, foram também perdidos uma motorizada de marca Yamaha, três botijas de gás butano, nove fogões, cinco camas, quatro geleiras, e duas arcas. O local encontrava-se sem energia eléctrica há vários meses.
A origem da área.
A representante da comissão de moradores do “Quintal do Ndongo”, Elisa Luís (foto ao lado), disse que as pessoas que viviam ali eram maioritariamente refugiados de guerra retirados da rua, em 1997, levados ali através de um programa desenvolvido pelos munícipes em parceria com a administração comunal. “No tempo colonial, este espaço era um restaurante, mas como estava abandonado pedimos provisoriamente à administração que nos cedesse para albergarmos os refugiados que se encontravam sem tecto. Inicialmente eram apenas 20 famílias, mas como as pessoas foram se apercebendo que aqui estavam a conceder espaços para habitação e com o andar do tempo atingiu-se o número actual”. Elisa Luís disse ainda que os mentores do projecto estiveram sempre a acompanhar o desenvolvimento daquele espaço, em sintonia com a administração comunal, o que permitiu-lhes ter um maior controlo do número de ocupantes. Sírio da Mata, administrador comunal há três anos, disse desconhecer quem autorizou os sinistrados a construírem as suas residências naquele recinto e explicou que “ainda que tenha sido a administração a ceder o espaço, a situação em que eles se encontravam era muito precária”.
Socorro da Administração
A equipa liderada pelo administrador comunal da Ilha do Cabo, Sírio da Mata (foto ao lado), montou um campo provisório no interior do Jango Kissonguila, zona adjacente à área danificada, para armazenamento das coisas e uma cozinha onde foi confeccionada a primeira refeição do dia que saciou a fome a mais de 100 crianças desabrigadas. No recinto, os moradores permaneceram de pé, sem tratarem da higiene pessoal. “Depois de prestarmos os primeiros socorros, fomos informados que o Governo constituiu uma comissão de apoio aos sinistrados, liderado pela direcção provincial do Ministério da Assistência e Reinserção Social (MINARS). A directora provincial da Assistência e Reinserção Social, Augusta Dias, garantiu que os sinistrados receberam bens de primeira necessidade e colchões.
Fonte: O País.
A representante da comissão de moradores do “Quintal do Ndongo”, Elisa Luís (foto ao lado), disse que as pessoas que viviam ali eram maioritariamente refugiados de guerra retirados da rua, em 1997, levados ali através de um programa desenvolvido pelos munícipes em parceria com a administração comunal. “No tempo colonial, este espaço era um restaurante, mas como estava abandonado pedimos provisoriamente à administração que nos cedesse para albergarmos os refugiados que se encontravam sem tecto. Inicialmente eram apenas 20 famílias, mas como as pessoas foram se apercebendo que aqui estavam a conceder espaços para habitação e com o andar do tempo atingiu-se o número actual”. Elisa Luís disse ainda que os mentores do projecto estiveram sempre a acompanhar o desenvolvimento daquele espaço, em sintonia com a administração comunal, o que permitiu-lhes ter um maior controlo do número de ocupantes. Sírio da Mata, administrador comunal há três anos, disse desconhecer quem autorizou os sinistrados a construírem as suas residências naquele recinto e explicou que “ainda que tenha sido a administração a ceder o espaço, a situação em que eles se encontravam era muito precária”.
Socorro da Administração
A equipa liderada pelo administrador comunal da Ilha do Cabo, Sírio da Mata (foto ao lado), montou um campo provisório no interior do Jango Kissonguila, zona adjacente à área danificada, para armazenamento das coisas e uma cozinha onde foi confeccionada a primeira refeição do dia que saciou a fome a mais de 100 crianças desabrigadas. No recinto, os moradores permaneceram de pé, sem tratarem da higiene pessoal. “Depois de prestarmos os primeiros socorros, fomos informados que o Governo constituiu uma comissão de apoio aos sinistrados, liderado pela direcção provincial do Ministério da Assistência e Reinserção Social (MINARS). A directora provincial da Assistência e Reinserção Social, Augusta Dias, garantiu que os sinistrados receberam bens de primeira necessidade e colchões.
Fonte: O País.
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