quinta-feira, 23 de abril de 2009

Isabel dos Santos assume posto na gestão do BPI


O Banco BPI entrou recentemente numa nova fase do equilíbrio de forças entre accionistas, com a entrada de um representante de Isabel dos Santos, filha do presidente da República de Angola, para o conselho de administração da instituição.
A empresária angolana não estará presente na assembleia-geral (AG), mas a eleição de Mário Silva, presidente da Santoro, "holding" da filha do presidente de Angola, será uma das principais decisões da reunião, assim como o aligeiramento da limitação ao direito de voto.
Além da nomeação de Mário Silva, presidente da sociedade Santoro, como o homem-forte de Isabel dos Santos em Portugal, os accionistas elegeram um novo representante dos catalães do La Caixa para o conselho. Um aumento de poder que reflecte o reforço do investimento que a instituição de Barcelona tem vindo a fazer no BPI, onde tem hoje uma participação de 30,5%.
A proposta contendo o nome de Mário Silva como representante da empresária angolana Isabel dos Santos, de acordo com as propostas a submeter à assembleia-geral de 22 de Abril.
Esta indicação surge depois de a Santoro ter adquirido 9,96% do BPI ao BCP.
A eleição de Mário Silva está dependente da aprovação da proposta de aumento do número de membros do conselho de administração do banco, dos actuais 23 para 25 elementos. O segundo lugar será preenchido por Ignacio Alvarez, em representação do La Caixa.
Mas que terá como contra-ponto a eleição de um representante do grupo angolano, cuja influência no banco português resulta não apenas de ter uma posição accionista de 9,7%, mas também do facto de ser parceiro da operação que o BPI tem em Angola, mercado essencial para o banco liderado por Fernando Ulrich.
No total, a equipa de administração passa a ter 25 membros, contra os anteriores 23 elementos. Além do representante de Isabel dos Santos e dos quatro gestores ligados ao La Caixa, têm assento no conselho do BPI três gestores do grupo brasileiro Itaú (que tem 19,3% do banco), dois do grupo segurador alemão Allianz (8,9%), um da Arsopi (3%), um da HVF (2,9%) e outro da Auto-Sueco (1,6%).

Fonte: Jornal de Negócios

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