domingo, 29 de março de 2009

Federação de jornalistas lusófonos na forja

A criação de sindicato de jornalista, de lei de imprensa ou código deontológico onde não existe constam dos objectos da federação
O
secretário executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) incentivou hoje a criação de uma associação de jornalistas no espaço lusófono que possa contribuir para uma maior comunicação entre os oito Estados membros da instituição.
À delegação que o informou sobre o processo de criação da Federação de Jornalistas lusófonos, a formalizar em finais de Maio próximo, Domingos Simões Pereira referiu o papel decisivo da comunicação social na divulgação da CPLP e dos seus objectivos.
Simões Pereira adiantou que uma associação de jornalistas, que integre profissionais dos oito países membros da CPLP - Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste - agilizará a circulação de informação na comunidade ultrapassando alguns problemas registados nesta área.
A delegação que esteve reunida com o secretário executivo da CPLP, na sede da organização em Lisboa, incluiu dois jornalistas angolanos e uma brasileira, mandatados pela reunião realizada na semana passada na capital de Cabo Verde, que marcou para 29 de Maio, na cidade angolana de Sumbe, a constituição formal da Federação de Jornalistas dos "Oito".
Segundo disse hoje à Agência Lusa o jornalista angolano Messias Constantino, o objectivo da federação é fomentar o diálogo, intercâmbio, cooperação e interacção entre jornalistas dos países de língua portuguesa.A longo-prazo, a referida federação poderá concretizar projectos mais ambiciosos, como a eventual criação de uma "agência noticiosa ou de um canal de televisão da CPLP", avançou Messias Constantino.
Problemas que os profissionais da comunicação social enfrentam no dia-a-dia de cada um dos países membros da CPLP, nomeadamente questões relacionadas com a liberdade de informação, a ética e deontologia serão também objecto de reflexão para a nova associação de jornalistas, afirmaram por seu turno as jornalistas Luísa Rogério (angolana) e Mónica Delicato (brasileira).
A Federação de Jornalistas da CPLP terá sede em São Paulo (Brasil) e conta à partida com a participação das diversas organizações de jornalistas dos países-membros da comunidade.
O Sindicato dos Jornalistas portugueses não participou em nenhuma das três reuniões que prepararam o lançamento da federação, mas tem acompanhado o debate sobre os estatutos da organização e dado os seus contributos, afirmou Mónica Delicato, acrescentando que "a nova associação conta com todos os organismos representativos dos jornalistas e está sobretudo apostada no que une os jornalistas lusófonos"."Temos jornalistas de países onde não existe um sindicato, lei de imprensa ou código deontológico e o nosso objectivo é trocar experiências e avançar, no que for possível, para que esses nossos colegas disponham desses apoios legais para o exercício da profissão", disse.

Fonte: Lusa.

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