terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Testeminhas: Amor sob investigação

Mãe de Bruno (ver texto anterior)
Os investigadores e peritos de criminalística da Divisão da Samba que se deslocaram ao Morro dos Veados para remover o corpo, tiveram o trabalho facilitado porque a mesma pessoa que comunicou às autoridades policiais a existência do corpo de mulher naquela zona era vizinha do casal.
Segundo fontes deste jornal, o cidadão garantiu às autoridades policias que assistiu de perto o momento em que Bruno efectuou os dois disparos nas costas da esposa. Com medo que tivesse o mesmo fim, a testemunha decidiu esconder-se até que o homicida se retirasse.
Pelas informações avançadas pela mãe de Bruno Calado, tudo indica que terá sido a mesma fonte que ligou para a mãe de Ercília Calado, anunciando a morte da filha.
A história de amor destes jovens que terminou de forma trágica, estava a ser marcada por muitas brigas pelo meio, devido ao excessivo ciúme de Bruno. Inquieto e a desconfiar que estava a ser traído pela esposa, Bruno Calado decidiu agir como detective e montou de forma camuflada um rádio gravador em casa, no dia 20 de Outubro, antes de ir à caça com um grupo de amigos.
As vozes que estão na gravação originaram a briga que resultou na morte do casal.
De acordo com a nossa interlocutora, o malogrado ficou furioso ao ouvir que a sua esposa terá recebido em casa um homem, cuja voz é semelhante à de uma pessoa muito próxima ao casal, que transporta água para a casa daquele.
“A maior parte do som que saía da gravação era ruído e numa das poucas partes em que as vozes pareciam estar audíveis, é possível identificar a da minha nora a mandar o cão entrar para dentro de casa, a filha de cinco anos a chorar e a de um homem a ordenar alguém que fosse dormir, proferindo palavras ofensivas e mais nada”, contou a anciã. Acrescentando de seguida que “não acredito que a minha nora o tenha traído porque ela demonstrava ser muito fiel a ela”.
O ibuna da Kianda tentou contactar os familiares da Ercília Calado, mas não teve êxito porque um dos seus irmãos, identificado apenas por Luís, recusou-se a prestar qualquer declaração.

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