Nazaré Fernandes saiu de casa às 4 horas da manhã desta quinta-feira, 2. Destemida, ela percorreu as ruas do bairro do Morro Bento, onde vive há vários anos, em direcção ao novo mercado do Panguila para se certificar que o espaço que lhe havia sido atribuído ainda permanece intacto.
A decisão de fazer estas movimentações nas primeiras horas do dia era para se livrar dos congestionamentos. Mas ficou surpreendida ao constatar que só franqueou os portões do recém construído mercado do Panguila às 8 horas da manhã.
“Gostei do mercado por ter melhores condições que o Roque Santeiro, mas estamos muito preocupadas com o estado das vias e o volume de camiões que por aqui circulam. Hoje levei quatro horas para sair da zona em que vivo para aqui e posso afirmar categoricamente que não foi nada fácil”, começou por explicar a peixeira.
A comerciante Joaquina Pedro, que também vende peixe no Roque, alinhou no mesmo diapasão de Nazaré.
Está encantada com as condições de sanidade postas à disposição pelo Governo Provincial de Luanda. A maior preocupação é a suspeita de que possa haver poucos clientes por causa das dificuldades de acesso ao local.
Ela defende que o Governo deveria, primeiro, concluir as obras de reabilitação da estrada principal que dá acesso ao mercado e transferi-los apenas em Janeiro do próximo ano.
A estrada ainda apresenta um mau estado, principalmente nas imediações da fábrica Vidrul e da estação de tratamento de águas do Kifangondo, apesar da intervenção que vem sendo feita pelas construtoras Queiroz Galvão e Andrade Gutierrez.
Apesar de residir na comuna do Kikolo, Joaquina Pedro contou ao Tribuna da Kianda que também saiu de casa às 5 horas e 30 minutos, mas só chegou ao destino quatro horas depois.
“Olha, eu só consegui chegar cedo porque vim com carro próprio e se tivesse que fazer essa deslocação de táxi certamente chegaria mais tarde.
E teria de pagar os 500 kwanzas que os taxistas estão a cobrar pelo trajecto Roque Santeiro-Panguila”, disse Joaquina Pedro. Além da distância, outras quatro comerciantes de peixe, que se refugiaram debaixo de uma árvore por causa do sol ardente, estavam apreensivas em relação aos compromissos que têm com os bancos que lhes atribuíram empréstimos e os prejuízos que causados com a transferências para o novo espaço, onde pode não aparecer o mesmo número de clientes que recebiam diariamente no Roque Santeiro.
“As nossas despesas variam de 300 a 400 mil dólares, frutos dos empréstimos bancários que fizemos e aplicamos as nossas casas como hipotecas.
Mas diante de tal situação tememos que não conseguiremos honrar com trais compromissos. Nos primeiros meses haverá pouco movimento”, acredita Joaquina Pedro.
No entender da comerciante Lina Pedro, apesar de existirem vários postos policiais e uma unidade dos bombeiros ao longo da via Cacuaco-Luanda, as autoridades governamentais não conseguirão resolver todos os problemas que surgirão com a mudança de mercado.
“Não estou a desejar mal”, começou por dizer “Lina” Pedro, acrescentando que “com o elevado número de pessoas que virão para aqui, aumentará certamente os índices de sinistralidades nesta via”.
A decisão de fazer estas movimentações nas primeiras horas do dia era para se livrar dos congestionamentos. Mas ficou surpreendida ao constatar que só franqueou os portões do recém construído mercado do Panguila às 8 horas da manhã.
“Gostei do mercado por ter melhores condições que o Roque Santeiro, mas estamos muito preocupadas com o estado das vias e o volume de camiões que por aqui circulam. Hoje levei quatro horas para sair da zona em que vivo para aqui e posso afirmar categoricamente que não foi nada fácil”, começou por explicar a peixeira.
A comerciante Joaquina Pedro, que também vende peixe no Roque, alinhou no mesmo diapasão de Nazaré.
Está encantada com as condições de sanidade postas à disposição pelo Governo Provincial de Luanda. A maior preocupação é a suspeita de que possa haver poucos clientes por causa das dificuldades de acesso ao local.
Ela defende que o Governo deveria, primeiro, concluir as obras de reabilitação da estrada principal que dá acesso ao mercado e transferi-los apenas em Janeiro do próximo ano.
A estrada ainda apresenta um mau estado, principalmente nas imediações da fábrica Vidrul e da estação de tratamento de águas do Kifangondo, apesar da intervenção que vem sendo feita pelas construtoras Queiroz Galvão e Andrade Gutierrez.
Apesar de residir na comuna do Kikolo, Joaquina Pedro contou ao Tribuna da Kianda que também saiu de casa às 5 horas e 30 minutos, mas só chegou ao destino quatro horas depois.
“Olha, eu só consegui chegar cedo porque vim com carro próprio e se tivesse que fazer essa deslocação de táxi certamente chegaria mais tarde.
E teria de pagar os 500 kwanzas que os taxistas estão a cobrar pelo trajecto Roque Santeiro-Panguila”, disse Joaquina Pedro. Além da distância, outras quatro comerciantes de peixe, que se refugiaram debaixo de uma árvore por causa do sol ardente, estavam apreensivas em relação aos compromissos que têm com os bancos que lhes atribuíram empréstimos e os prejuízos que causados com a transferências para o novo espaço, onde pode não aparecer o mesmo número de clientes que recebiam diariamente no Roque Santeiro.
“As nossas despesas variam de 300 a 400 mil dólares, frutos dos empréstimos bancários que fizemos e aplicamos as nossas casas como hipotecas.
Mas diante de tal situação tememos que não conseguiremos honrar com trais compromissos. Nos primeiros meses haverá pouco movimento”, acredita Joaquina Pedro.
No entender da comerciante Lina Pedro, apesar de existirem vários postos policiais e uma unidade dos bombeiros ao longo da via Cacuaco-Luanda, as autoridades governamentais não conseguirão resolver todos os problemas que surgirão com a mudança de mercado.
“Não estou a desejar mal”, começou por dizer “Lina” Pedro, acrescentando que “com o elevado número de pessoas que virão para aqui, aumentará certamente os índices de sinistralidades nesta via”.
Sem comentários:
Enviar um comentário