Marginais dizem que São treinados por cidadãos vindos do Brasil, África do Sul e Europa, por isso consideram assaltar um banco ser tão fácil como entrar numa igreja
O porta-voz do Comando Provincial de Luanda da Polícia (CPLP), superintendente-chefe Jorge Bengui, revelou nesta quarta-feira, 27, que o grupo de marginais que tem efectuado assaltos às agências bancárias está bem estruturado e conta com o apoio de cidadãos angolanos que residem no Brasil, África do Sul e alguns países da Europa.
“Há outros integrantes deste grupo que se encontram a residir no exterior há vários anos e vêm para Angola para desenvolver esta ou aquela acção a convite desses marginais. Trata-se de cidadãos angolanos que realizam esta actividade no país onde se encontram e que têm alguma perícia na realização desse acto”, explicou o oficial da Polícia Nacional.
As revelações foram feitas durante a apresentação à imprensa do jovem Geraldo Camussa Miguel “Jack”, 27 anos, suspeito de estar envolvido em todos os assaltos à mão armada, em bancos, ocorridos nos últimos doze meses.
De acordo com Jorge Bengui, para além do apoio de recursos humanos que vêm do exterior com a finalidade de participarem exclusivamente dos assaltos, a “gang” tem ramificações nas províncias do Kwanza Sul, Benguela e Huíla. A Polícia não descarta a hipótese desses indivíduos terem ligações com assaltantes que actuam nas demais províncias.
Para desmantelar o grupo, os peritos do Comando Provincial de Luanda da Polícia tiveram que contar com o apoio das suas congéneres das províncias acima mencionadas. Neste momento, existem dezenas de suspeitos que poderão ser detidos na sequência das investigações ainda em curso.
Os oficiais da Polícia deslocaram-se no dia 21 do corrente mês ao Kwanza Sul para capturarem alguns integrantes desta quadrilha, mas não tiveram êxito porque os presumíveis marginais já se tinham deslocado para outra localidade.
“Fomos à província de Benguela, onde, em colaboração com o Comando local conseguimos deter uma das pessoas implicadas no assalto à dependência do Banco de Poupança e Crédito (BPC) do Bairro Neves Bendinha, município do Kilamba Kiaxi, que responde pelo nome de Geraldo Kamussa Miguel, 27 anos”, contou.
Segundo Jorge Bengui, “Jack”está a colaborar com as investigações e foi graças à sua participação que a Polícia conseguiu deter um indivíduo que encomendava carros roubados a partir de Benguela para comercializar e o jovem Bartolomeu João Pascoal “Bartola”, 25 anos, que é descrito como um dos líderes do bando.
“Jack”é foragido da cadeia de Viana, onde esteve a cumprir uma pena de oito anos por roubos de viaturas e valores monetários à mão armada desde 2005, com o processo-crime número 529/09-03.
“É graças a ele que tomamos conhecimento que o seu colega Bartola havia se deslocado de Benguela para a província da Huila, onde foi morto em confronto com a Polícia”, especificou o porta-voz da Polícia na capital do país, adiantando que “ele foi detido no Lobito, em Benguela, onde mantinha na sua residência um milhão e 50 mil Kwanzas”.
“É este valor que lhe coube após a divisão dos sete milhões de kwanzas e quatro mil dólares roubados no BPC do Neves Bendinha”, acrescentou Jorge Bengui.
O acusado diz conhecer o jovem José Cangundo, vulgo Jonhson, 25 anos, apresentado no final do ano passado como presumível líder de uma quadrilha de assaltantes de bancos, e que participou no assalto às dependências de Luanda a convite dos seus amigos que residem nesta localidade. “O meu amigo que reside aqui convidou-me para vir participar da acção e eu não hesitei. Quando cheguei em Luanda deixei o meu veículo pessoal no parque do Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro e assaltei uma viatura para em deslocar até ao local onde ele estava”, frisou calmamente.
Funcionamento do Esquema
Em declarações à imprensa, “Jack”, disse ter ainda participado nos assaltos das dependências do Banco de Fomento Angola (BFA) e Banco Internacional de Crédito (BIC), na zona do Morro Bento, Banco Keve, em Viana, Banco Atlântico Privado, no Talatona, onde foram roubados valores monetários em kwanzas e dólares norte-americanos.
Debruçando-se sobre o seu “modus operandi”, o jovem denunciou o envolvimento de seguranças e funcionários de algumas dependências bancárias já assaltadas, que passavam informações que facilitavam as acções criminosas sem se aperceberem que estavam diante de um marginal.
O jovem garante que assaltar um banco em Angola é muito fácil: “É como entrar numa igreja.
Os seguranças são muitos frágeis e quase não resistem à nossa actuação, porque eles têm normalmente uma única arma e como nós aparecemos num grupo mais numeroso não lhes resta outra coisa senão se renderem”, contou.
Dias antes de efectuarem a acção, um elemento do grupo denominado “Homem Recto” desloca-se à agência bem trajado e numa viatura de luxo, para fazer o levantamento de informações sobre a identificação do gerente e a localização do cofre.
Depois disso, o malogrado Bartola traçava a estratégia e, ao retirarem-se do local onde efectuavam o assalto, os indivíduos tentavam despistar os seguranças e os agentes da Polícia que estivessem nas proximidades.
Momentos depois deslocavam-se à quinta do tio de um deles para repartirem os valores e regressarem às suas províncias de origem.
Os protectores da empresa Levitico que estiveram a guardar a agência do BPC que foi assaltada encontram-se detidos e sob investigação.
O porta-voz do Comando Provincial de Luanda da Polícia (CPLP), superintendente-chefe Jorge Bengui, revelou nesta quarta-feira, 27, que o grupo de marginais que tem efectuado assaltos às agências bancárias está bem estruturado e conta com o apoio de cidadãos angolanos que residem no Brasil, África do Sul e alguns países da Europa.
“Há outros integrantes deste grupo que se encontram a residir no exterior há vários anos e vêm para Angola para desenvolver esta ou aquela acção a convite desses marginais. Trata-se de cidadãos angolanos que realizam esta actividade no país onde se encontram e que têm alguma perícia na realização desse acto”, explicou o oficial da Polícia Nacional.
As revelações foram feitas durante a apresentação à imprensa do jovem Geraldo Camussa Miguel “Jack”, 27 anos, suspeito de estar envolvido em todos os assaltos à mão armada, em bancos, ocorridos nos últimos doze meses.
De acordo com Jorge Bengui, para além do apoio de recursos humanos que vêm do exterior com a finalidade de participarem exclusivamente dos assaltos, a “gang” tem ramificações nas províncias do Kwanza Sul, Benguela e Huíla. A Polícia não descarta a hipótese desses indivíduos terem ligações com assaltantes que actuam nas demais províncias.
Para desmantelar o grupo, os peritos do Comando Provincial de Luanda da Polícia tiveram que contar com o apoio das suas congéneres das províncias acima mencionadas. Neste momento, existem dezenas de suspeitos que poderão ser detidos na sequência das investigações ainda em curso.
Os oficiais da Polícia deslocaram-se no dia 21 do corrente mês ao Kwanza Sul para capturarem alguns integrantes desta quadrilha, mas não tiveram êxito porque os presumíveis marginais já se tinham deslocado para outra localidade.
“Fomos à província de Benguela, onde, em colaboração com o Comando local conseguimos deter uma das pessoas implicadas no assalto à dependência do Banco de Poupança e Crédito (BPC) do Bairro Neves Bendinha, município do Kilamba Kiaxi, que responde pelo nome de Geraldo Kamussa Miguel, 27 anos”, contou.
Segundo Jorge Bengui, “Jack”está a colaborar com as investigações e foi graças à sua participação que a Polícia conseguiu deter um indivíduo que encomendava carros roubados a partir de Benguela para comercializar e o jovem Bartolomeu João Pascoal “Bartola”, 25 anos, que é descrito como um dos líderes do bando.
“Jack”é foragido da cadeia de Viana, onde esteve a cumprir uma pena de oito anos por roubos de viaturas e valores monetários à mão armada desde 2005, com o processo-crime número 529/09-03.
“É graças a ele que tomamos conhecimento que o seu colega Bartola havia se deslocado de Benguela para a província da Huila, onde foi morto em confronto com a Polícia”, especificou o porta-voz da Polícia na capital do país, adiantando que “ele foi detido no Lobito, em Benguela, onde mantinha na sua residência um milhão e 50 mil Kwanzas”.
“É este valor que lhe coube após a divisão dos sete milhões de kwanzas e quatro mil dólares roubados no BPC do Neves Bendinha”, acrescentou Jorge Bengui.
O acusado diz conhecer o jovem José Cangundo, vulgo Jonhson, 25 anos, apresentado no final do ano passado como presumível líder de uma quadrilha de assaltantes de bancos, e que participou no assalto às dependências de Luanda a convite dos seus amigos que residem nesta localidade. “O meu amigo que reside aqui convidou-me para vir participar da acção e eu não hesitei. Quando cheguei em Luanda deixei o meu veículo pessoal no parque do Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro e assaltei uma viatura para em deslocar até ao local onde ele estava”, frisou calmamente.
Funcionamento do Esquema
Em declarações à imprensa, “Jack”, disse ter ainda participado nos assaltos das dependências do Banco de Fomento Angola (BFA) e Banco Internacional de Crédito (BIC), na zona do Morro Bento, Banco Keve, em Viana, Banco Atlântico Privado, no Talatona, onde foram roubados valores monetários em kwanzas e dólares norte-americanos.
Debruçando-se sobre o seu “modus operandi”, o jovem denunciou o envolvimento de seguranças e funcionários de algumas dependências bancárias já assaltadas, que passavam informações que facilitavam as acções criminosas sem se aperceberem que estavam diante de um marginal.
O jovem garante que assaltar um banco em Angola é muito fácil: “É como entrar numa igreja.
Os seguranças são muitos frágeis e quase não resistem à nossa actuação, porque eles têm normalmente uma única arma e como nós aparecemos num grupo mais numeroso não lhes resta outra coisa senão se renderem”, contou.
Dias antes de efectuarem a acção, um elemento do grupo denominado “Homem Recto” desloca-se à agência bem trajado e numa viatura de luxo, para fazer o levantamento de informações sobre a identificação do gerente e a localização do cofre.
Depois disso, o malogrado Bartola traçava a estratégia e, ao retirarem-se do local onde efectuavam o assalto, os indivíduos tentavam despistar os seguranças e os agentes da Polícia que estivessem nas proximidades.
Momentos depois deslocavam-se à quinta do tio de um deles para repartirem os valores e regressarem às suas províncias de origem.
Os protectores da empresa Levitico que estiveram a guardar a agência do BPC que foi assaltada encontram-se detidos e sob investigação.
Morte dos líderes
Os dois supostos líderes da rede de assaltantes de dependências bancárias, em Luanda, nomeadamente António José dos Reis Chaves “ Tony da Quibala”, 27 anos, e Bartolomeu João Pascoal “ Bartola”, 25, foram mortos na última semana numa troca de tiros com a Polícia Nacional, durante uma operação que visava a sua captura.
O primeiro superintendente-chefe Jorge Bengui disse que durante a detenção de Tony da Quibala, ocorrida no bairro comandante Dangereux, município do Kilamba Kiaxi, ele mostrou resistência e efectuou disparos contra o seu efectivo. Provocou ferimentos leves no braço esquerdo de um agente da corporação, cujo nome não foi revelado, mas que foi apresentado à imprensa.
Os dois cidadãos abatidos eram foragidos da cadeia de Viana, onde cumpriam penas efectivas de oito anos, por cumplicidade em várias acções do género.
Tony da Quibala esteve detido com o processo-crime número 1170/05-3, enquanto Bartola esteve na cadeia diversas vezes pelas mesmas razões com o processo-crime 1383/08-03. Indicados como responsáveis pelo assalto à dependência do BPC, os três marginais foram localizados em separado nas províncias de Benguela, Luanda e Lubango (Huíla), onde se refugiaram depois de desenvolverem as acções na capital angolana.
Na esperança de tranquilizar a população, Jorge Bengui garantiu que a Polícia vai utilizar todos os meios ao seu alcance para fazer fase à onda de assaltos às dependências bancárias.
A Polícia Nacional apreendeu ainda nove viaturas de luxo de todoterreno, das quais duas roubadas na via pública para serem utilizadas durante os assaltos e outras adquiridas com o dinheiro dos roubos.
Entre os carros estão três Mitsubishi L200, um Toyota Land Cruiser, um Hyundai Santa Fé, dois Hyundai Tuckson, um Hyundai Getz e um Toyota Hiace e sete armas de fogo.
A morte do protector do BIC
O segurança da empresa AngoSegu, Emanuel Paulo, que foi baleado no dia 12 de Dezembro do ano passado por um grupo de marginais que assaltaram a agência do Banco Internacional de Crédito (BIC), localizada nas proximidades da Vila do Gamek, em Luanda, acabou por falecer na Clínica Multiperfil.
O cidadão, que tinha sido dado como morto após ter sido alvejado com dois tiros na cabeça permaneceu alguns dias internados na Unidade de Cuidados Intensivos (UCI), onde deu entrada em estado de coma.
No relatório apresentado esta quarta-feira pelo porta-voz do comando provincial, Jorge Bengue, consta que para além de Emanuel Paulo, o grupo de marginais que se dedicava a assaltar os bancos assassinaram no total cinco pessoas, durante os actos ou no momento da fuga, e deixaram dezenas de feridos.
Entre as vítimas estão três seguranças de diferentes empresas, uma comerciante e o oficial da Polícia que tentou intervir durante uma ocorrência que se deu no município de Viana.
Durante o mês de Dezembro de 2009 e os primeiros do ano em curso foram realizados nove assaltos em bancos, nos municípios da Ingombota, Sambizanga, Viana, Samba e Kilamba-Kiaxi, onde foram roubadas avultadas somas monetárias em moeda nacional e estrangeira.
Bancos “facilitam” assaltos
O segundo Comandante da Polícia de Luanda, Leitão Ribeiro, disse esta terça-feira que os gestores dos bancos devem adoptar sistemas de portas giratórias e devem também criar sistemas de acesso codificados para aumentar o grau de dificuldade na actuação dos ladrões.
Leitão Ribeiro fez o apelo durante o encontro entre o Governo Provincial de Luanda, Polícia Nacional e os representantes dos bancos realizado esta semana.
O subcomissário considera que os bancos não podem ser permissivos em matéria de segurança. “Vamos continuar a fiscalizar os sistemas de vídeo vigilância e vamos aconselhar os bancos a terem dispositivos para detectar o comportamento de eventuais meliantes. Estaremos sempre nos bancos à paisana”, garantiu.
Leitão Ribeiro aproveitou a ocasião para avisar aos assaltantes que “mexer em bancos é criar uma briga com a Polícia. Todos os marginais que decidirem assaltar bancos não terão um minuto de descanso.
Para conter os assaltos, o segundo comandante da Polícia Nacional em Luanda sugeriu a instalação de sistemas de vídeo vigilância, um mecanismo imprescindível porque confere maior eficácia para a sua corporação desenvolver as suas tarefas. Para tal, os bancos devem consultar a Direcção de Telecomunicações e Informática da Polícia Nacional para a devida orientação e fiscalização no momento da instalação, funcionamento e desempenho do sistema. “Alguém nos bancos tem de fiscalizar o sistema e as próprias sentinelas, assim como são fiscalizados os gerentes”, recomenda Leitão Ribeiro.
O subcomissário da Polícia Nacional lembra que a agência do BPC assaltada recentemente tinha o sistema de vídeo vigilância avariado desde Junho do ano passado.
“Os responsáveis bancários que descurarem este apelo, a polícia, aquando da instrução dos processos, pode chamá-los à responsabilidade. Isso vai fazer com que se presuma a existência de cumplicidade”, salientou o oficial.
O vice-governador de Luanda para a área Económica, Francisco Domingos, anunciou no final da reunião que vão accionar um mecanismo bilateral, através da ABANC para estudar em conjunto como travar a escalada de assaltos que tem vindo a registar-se nos bancos.
Os dois supostos líderes da rede de assaltantes de dependências bancárias, em Luanda, nomeadamente António José dos Reis Chaves “ Tony da Quibala”, 27 anos, e Bartolomeu João Pascoal “ Bartola”, 25, foram mortos na última semana numa troca de tiros com a Polícia Nacional, durante uma operação que visava a sua captura.
O primeiro superintendente-chefe Jorge Bengui disse que durante a detenção de Tony da Quibala, ocorrida no bairro comandante Dangereux, município do Kilamba Kiaxi, ele mostrou resistência e efectuou disparos contra o seu efectivo. Provocou ferimentos leves no braço esquerdo de um agente da corporação, cujo nome não foi revelado, mas que foi apresentado à imprensa.
Os dois cidadãos abatidos eram foragidos da cadeia de Viana, onde cumpriam penas efectivas de oito anos, por cumplicidade em várias acções do género.
Tony da Quibala esteve detido com o processo-crime número 1170/05-3, enquanto Bartola esteve na cadeia diversas vezes pelas mesmas razões com o processo-crime 1383/08-03. Indicados como responsáveis pelo assalto à dependência do BPC, os três marginais foram localizados em separado nas províncias de Benguela, Luanda e Lubango (Huíla), onde se refugiaram depois de desenvolverem as acções na capital angolana.
Na esperança de tranquilizar a população, Jorge Bengui garantiu que a Polícia vai utilizar todos os meios ao seu alcance para fazer fase à onda de assaltos às dependências bancárias.
A Polícia Nacional apreendeu ainda nove viaturas de luxo de todoterreno, das quais duas roubadas na via pública para serem utilizadas durante os assaltos e outras adquiridas com o dinheiro dos roubos.
Entre os carros estão três Mitsubishi L200, um Toyota Land Cruiser, um Hyundai Santa Fé, dois Hyundai Tuckson, um Hyundai Getz e um Toyota Hiace e sete armas de fogo.
A morte do protector do BIC
O segurança da empresa AngoSegu, Emanuel Paulo, que foi baleado no dia 12 de Dezembro do ano passado por um grupo de marginais que assaltaram a agência do Banco Internacional de Crédito (BIC), localizada nas proximidades da Vila do Gamek, em Luanda, acabou por falecer na Clínica Multiperfil.
O cidadão, que tinha sido dado como morto após ter sido alvejado com dois tiros na cabeça permaneceu alguns dias internados na Unidade de Cuidados Intensivos (UCI), onde deu entrada em estado de coma.
No relatório apresentado esta quarta-feira pelo porta-voz do comando provincial, Jorge Bengue, consta que para além de Emanuel Paulo, o grupo de marginais que se dedicava a assaltar os bancos assassinaram no total cinco pessoas, durante os actos ou no momento da fuga, e deixaram dezenas de feridos.
Entre as vítimas estão três seguranças de diferentes empresas, uma comerciante e o oficial da Polícia que tentou intervir durante uma ocorrência que se deu no município de Viana.
Durante o mês de Dezembro de 2009 e os primeiros do ano em curso foram realizados nove assaltos em bancos, nos municípios da Ingombota, Sambizanga, Viana, Samba e Kilamba-Kiaxi, onde foram roubadas avultadas somas monetárias em moeda nacional e estrangeira.
Bancos “facilitam” assaltos
O segundo Comandante da Polícia de Luanda, Leitão Ribeiro, disse esta terça-feira que os gestores dos bancos devem adoptar sistemas de portas giratórias e devem também criar sistemas de acesso codificados para aumentar o grau de dificuldade na actuação dos ladrões.
Leitão Ribeiro fez o apelo durante o encontro entre o Governo Provincial de Luanda, Polícia Nacional e os representantes dos bancos realizado esta semana.
O subcomissário considera que os bancos não podem ser permissivos em matéria de segurança. “Vamos continuar a fiscalizar os sistemas de vídeo vigilância e vamos aconselhar os bancos a terem dispositivos para detectar o comportamento de eventuais meliantes. Estaremos sempre nos bancos à paisana”, garantiu.
Leitão Ribeiro aproveitou a ocasião para avisar aos assaltantes que “mexer em bancos é criar uma briga com a Polícia. Todos os marginais que decidirem assaltar bancos não terão um minuto de descanso.
Para conter os assaltos, o segundo comandante da Polícia Nacional em Luanda sugeriu a instalação de sistemas de vídeo vigilância, um mecanismo imprescindível porque confere maior eficácia para a sua corporação desenvolver as suas tarefas. Para tal, os bancos devem consultar a Direcção de Telecomunicações e Informática da Polícia Nacional para a devida orientação e fiscalização no momento da instalação, funcionamento e desempenho do sistema. “Alguém nos bancos tem de fiscalizar o sistema e as próprias sentinelas, assim como são fiscalizados os gerentes”, recomenda Leitão Ribeiro.
O subcomissário da Polícia Nacional lembra que a agência do BPC assaltada recentemente tinha o sistema de vídeo vigilância avariado desde Junho do ano passado.
“Os responsáveis bancários que descurarem este apelo, a polícia, aquando da instrução dos processos, pode chamá-los à responsabilidade. Isso vai fazer com que se presuma a existência de cumplicidade”, salientou o oficial.
O vice-governador de Luanda para a área Económica, Francisco Domingos, anunciou no final da reunião que vão accionar um mecanismo bilateral, através da ABANC para estudar em conjunto como travar a escalada de assaltos que tem vindo a registar-se nos bancos.
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