Entre os presumíveis traficantes está o sub-inspector da Polícia, Domingos Francisco Quissanga, mas conhecido por Tio Chico, 41 anos.
O comandante-geral da Polícia Nacional, Ambrósio de Lemos, apresentou à imprensa esta segunda-feira, 21, em Luanda, três cidadãos de nacionalidade angolana e uma sul-africana detidos no Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro com 22 quilogramas de cocaína.
Entre os presumíveis traficantes está o sub-inspector da Polícia, Domingos Francisco Quissanga, mais conhecido por Tio Chico, 41 anos, José Domingos Bernardo, 37 anos, Mário João Cristóvão, 37 anos e a cidadã sul-africana Lina Radede, 28 anos.
Os três cidadãos angolanos foram presos em separado, na passada sexta-feira, 11, ao retirarem do terminal de carga vários electrodomésticos provenientes do Brasil enviados por dois cidadãos de nacionalidade nigeriana, cujos nomes não foram revelados para não atrapalhar as investigações. Os emissários encontram-se ainda naquele país da América Latina.
O sub-inspector Domingos Quissanga estava destacado no departamento de prevenção rodoviária da Direcção Nacional de Viação e Trânsito (DNVT), ao passo que Mário Cristóvão era funcionário da agência de transitário Transvaldiro.
Ao prestar declarações aos meios de comunicação social, o primeiro suspeito alegou que a mercadoria pertencia a dois amigos nigerianos que se encontram no Brasil e solicitaram apenas que fosse desalfandega-la.
“Fui buscar essa mercadoria dos meus amigos e ao aperceber-me que as autoridades policiais detectaram estupefacientes no interior das duas máquinas, dirigi-me à esquadra para prestar declarações", explicou.
Domingos Quissanga negou que tivesse conhecimento do que havia nos electrodomésticos e disse desconhecer os motivos que levaram os seus compadres a adquirirem-nos no exterior, uma vez que em Angola existe uma enorme quantidade de armazéns que comercializam este produto. As máquinas, cujo valor diz desconhecer, permaneceriam na sua residência até que os supostos proprietários fossem buscá-los.
"Foi a primeira vez que eles me solicitaram para levantar os bens e, em contrapartida, comprometeramse em me oferecer alguma coisa que desconheço o que é e em quanto estaria avaliado", revelou. Acrescentando de seguida que "como polícia e na qualidade de sermos amigos, fizeram-me o pedido e eu, na melhor das intenções, decidi ajudá-los mesmo sem saber o que continham no seu interior".
O sub-inspector da Polícia baralhou-se completamente ao tentar explicar onde e quando conheceu os nigerianos. "Conheci-os em casa do primo do vizinho de um meu amigo, em 2007, e de lá para cá fomos sempre contactando", justificou-se.
Entre os presumíveis traficantes está o sub-inspector da Polícia, Domingos Francisco Quissanga, mais conhecido por Tio Chico, 41 anos, José Domingos Bernardo, 37 anos, Mário João Cristóvão, 37 anos e a cidadã sul-africana Lina Radede, 28 anos.
Os três cidadãos angolanos foram presos em separado, na passada sexta-feira, 11, ao retirarem do terminal de carga vários electrodomésticos provenientes do Brasil enviados por dois cidadãos de nacionalidade nigeriana, cujos nomes não foram revelados para não atrapalhar as investigações. Os emissários encontram-se ainda naquele país da América Latina.
O sub-inspector Domingos Quissanga estava destacado no departamento de prevenção rodoviária da Direcção Nacional de Viação e Trânsito (DNVT), ao passo que Mário Cristóvão era funcionário da agência de transitário Transvaldiro.
Ao prestar declarações aos meios de comunicação social, o primeiro suspeito alegou que a mercadoria pertencia a dois amigos nigerianos que se encontram no Brasil e solicitaram apenas que fosse desalfandega-la.
“Fui buscar essa mercadoria dos meus amigos e ao aperceber-me que as autoridades policiais detectaram estupefacientes no interior das duas máquinas, dirigi-me à esquadra para prestar declarações", explicou.
Domingos Quissanga negou que tivesse conhecimento do que havia nos electrodomésticos e disse desconhecer os motivos que levaram os seus compadres a adquirirem-nos no exterior, uma vez que em Angola existe uma enorme quantidade de armazéns que comercializam este produto. As máquinas, cujo valor diz desconhecer, permaneceriam na sua residência até que os supostos proprietários fossem buscá-los.
"Foi a primeira vez que eles me solicitaram para levantar os bens e, em contrapartida, comprometeramse em me oferecer alguma coisa que desconheço o que é e em quanto estaria avaliado", revelou. Acrescentando de seguida que "como polícia e na qualidade de sermos amigos, fizeram-me o pedido e eu, na melhor das intenções, decidi ajudá-los mesmo sem saber o que continham no seu interior".
O sub-inspector da Polícia baralhou-se completamente ao tentar explicar onde e quando conheceu os nigerianos. "Conheci-os em casa do primo do vizinho de um meu amigo, em 2007, e de lá para cá fomos sempre contactando", justificou-se.
Funcionamento do esquema
O funcionário da agência transitária Transvaldiro, Mário Cristóvão, disse que só conheceu o senhor Domingos Quissanga no momento em que foi levantar a mercadoria e que recebeu o processo de desalfandegamento da mercadoria através de um funcionário dos Armazéns da ENANA, identificado apenas por Walter, mas conhecido por Pedro.
"Este moço conhece-me como despachante e solicitou-me que fosse levantar a carta de porte na agência. Como já tenho tratado dos documentos dos seus familiares,pediu-me novamente que cuidasse do desalfandegamento de dois volumes (um com duas máquinas de lavar e o outro com um micro-ondas, frigideira e máquina de lavar)". Segundo Mário Cristóvão, para além de Pedro acompanhar pessoalmente o processo de desalfandegamento da mercadoria, exigiu diversas vezes que as levantasse o mais rápido possível porque estava a ser pressionando por um chefe que desconhece.
"Ele deu-me mais de 50 mil kwanzas para pagar o DAR e retirar os dois volumes. O despacho correu normalmente e foi a inspecção, que por sua vez as libertou. De seguida, liguei para o meu amigo Pedro que inseriu o número da ENANA que nos possibilitou a pagarmos a armazenagem", revelou.
Mário Cristóvão diz que recebeu de Pedro, na quinta-feira, por volta das 15 horas, a orientação de que deveria levantar os produtos na sexta-feira e que o senhor Domingos Quissanga estaria à sua espera numa das ruas do bairro do Rocha Pinto para irem juntos.
"Ele disse-me que alugasse uma carrinha e quando o questionei como é que seria feito o pagamento, respondeu que o sub-inspector Chico levaria o dinheiro. Apesar de não o conhecer, o senhor Chico ligava para mim de cinco em cinco minutos para acompanhar o meu trajecto à distância. Eu ia informando onde me encontrava". preto", contou.
Ao constatar a existência da droga, o funcionário da Alfândega pediu explicações ao despachante e este indicou o oficial da Polícia Nacional como a única pessoa que estaria em condições de prestar qualquer informação acerca da mercadoria.
Mas o sub-inspector começou logo por negar a titularidade da mesma, alegando que era simplesmente proprietário dos micro-ondas e das frigideiras e que as máquinas de lavar pertenciam aos amigos nigerianos.
"Disse-lhe que sou simplesmente despachante e ele é quem foi levantar a mercadoria, por isso tinha se responsabilizar-se por tudo o que estivesse no seu interior. O sub-inspector ficou muito nervoso, e afirmou que a mercadoria pertence aos nigerianos e aquilo deve ser um produto que os brasileiros utilizam para lavar a máquina".
Mário Cristóvão diz que ligou de seguida para o Pedro, o funcionário da ENANA, que lhe tinha entregue o processo. "Ele disse-me: oh... Mário estás a falar assim comigo porquê? o senhor Chico não está aí? Ele vai resolver tudo não há problemas nenhum", contou.
Passado algum tempo, segundo o acusado, Domingos Quissanga aconselhou-o a ficar calmo porque resolveria o problema, visto que ele era simplesmente o despachante e não tinha nada a ver com a mercadoria. "O senhor sub-inspector ia falando com o moço da Alfândega e fazia alguns telefonemas.
Eu interrompi-o para lhe dizer que não poderia sair dali sem ver o problema resolvido, porque, senão, na segunda-feira, seria procurado pelos agentes da DNIC no seu local de serviço ". E acrescentou de seguida: "solicitei-lhe que ligasse para o Pedro para que fosse ao nosso encontro e explicar aos investigadores que eu sou simplesmente o despachante e que não tenho nada a ver com essa mercadoria".
Demonstrando um ar de quem será inocente, Mário Cristóvão, concluiu que é por esta razão que não fugiu e continua apostado em provar a sua inocência. "O senhor Chico já assumiu durante o interrogatório que a mercadoria é dele e dos seus amigos nigerianos que desconheço.
Eu continuarei a fazer o meu papel como despachante até que a justiça prove a minha inocência". Mário Cristóvão tratou de ilibar a direcção da empresa onde funciona de qualquer responsabilidade sobre este caso, alegando que tentou desalfandegar a mercadoria por conta própria e que os seus superiores não tinham conhecimento por se tratar de bens que qualquer pessoa está em condições de levantá-los sem recorrer às agências.
O funcionário da agência transitária Transvaldiro, Mário Cristóvão, disse que só conheceu o senhor Domingos Quissanga no momento em que foi levantar a mercadoria e que recebeu o processo de desalfandegamento da mercadoria através de um funcionário dos Armazéns da ENANA, identificado apenas por Walter, mas conhecido por Pedro.
"Este moço conhece-me como despachante e solicitou-me que fosse levantar a carta de porte na agência. Como já tenho tratado dos documentos dos seus familiares,pediu-me novamente que cuidasse do desalfandegamento de dois volumes (um com duas máquinas de lavar e o outro com um micro-ondas, frigideira e máquina de lavar)". Segundo Mário Cristóvão, para além de Pedro acompanhar pessoalmente o processo de desalfandegamento da mercadoria, exigiu diversas vezes que as levantasse o mais rápido possível porque estava a ser pressionando por um chefe que desconhece.
"Ele deu-me mais de 50 mil kwanzas para pagar o DAR e retirar os dois volumes. O despacho correu normalmente e foi a inspecção, que por sua vez as libertou. De seguida, liguei para o meu amigo Pedro que inseriu o número da ENANA que nos possibilitou a pagarmos a armazenagem", revelou.
Mário Cristóvão diz que recebeu de Pedro, na quinta-feira, por volta das 15 horas, a orientação de que deveria levantar os produtos na sexta-feira e que o senhor Domingos Quissanga estaria à sua espera numa das ruas do bairro do Rocha Pinto para irem juntos.
"Ele disse-me que alugasse uma carrinha e quando o questionei como é que seria feito o pagamento, respondeu que o sub-inspector Chico levaria o dinheiro. Apesar de não o conhecer, o senhor Chico ligava para mim de cinco em cinco minutos para acompanhar o meu trajecto à distância. Eu ia informando onde me encontrava". preto", contou.
Ao constatar a existência da droga, o funcionário da Alfândega pediu explicações ao despachante e este indicou o oficial da Polícia Nacional como a única pessoa que estaria em condições de prestar qualquer informação acerca da mercadoria.
Mas o sub-inspector começou logo por negar a titularidade da mesma, alegando que era simplesmente proprietário dos micro-ondas e das frigideiras e que as máquinas de lavar pertenciam aos amigos nigerianos.
"Disse-lhe que sou simplesmente despachante e ele é quem foi levantar a mercadoria, por isso tinha se responsabilizar-se por tudo o que estivesse no seu interior. O sub-inspector ficou muito nervoso, e afirmou que a mercadoria pertence aos nigerianos e aquilo deve ser um produto que os brasileiros utilizam para lavar a máquina".
Mário Cristóvão diz que ligou de seguida para o Pedro, o funcionário da ENANA, que lhe tinha entregue o processo. "Ele disse-me: oh... Mário estás a falar assim comigo porquê? o senhor Chico não está aí? Ele vai resolver tudo não há problemas nenhum", contou.
Passado algum tempo, segundo o acusado, Domingos Quissanga aconselhou-o a ficar calmo porque resolveria o problema, visto que ele era simplesmente o despachante e não tinha nada a ver com a mercadoria. "O senhor sub-inspector ia falando com o moço da Alfândega e fazia alguns telefonemas.
Eu interrompi-o para lhe dizer que não poderia sair dali sem ver o problema resolvido, porque, senão, na segunda-feira, seria procurado pelos agentes da DNIC no seu local de serviço ". E acrescentou de seguida: "solicitei-lhe que ligasse para o Pedro para que fosse ao nosso encontro e explicar aos investigadores que eu sou simplesmente o despachante e que não tenho nada a ver com essa mercadoria".
Demonstrando um ar de quem será inocente, Mário Cristóvão, concluiu que é por esta razão que não fugiu e continua apostado em provar a sua inocência. "O senhor Chico já assumiu durante o interrogatório que a mercadoria é dele e dos seus amigos nigerianos que desconheço.
Eu continuarei a fazer o meu papel como despachante até que a justiça prove a minha inocência". Mário Cristóvão tratou de ilibar a direcção da empresa onde funciona de qualquer responsabilidade sobre este caso, alegando que tentou desalfandegar a mercadoria por conta própria e que os seus superiores não tinham conhecimento por se tratar de bens que qualquer pessoa está em condições de levantá-los sem recorrer às agências.
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