A maior parte dos profissionais de comunicação social angolana e estudiosos do ramo, consideram uma “aberração” a inclusão do humorista Pedro N´zagi entre as figuras desta área que estão a concorrem para o prémio figuras do ano de 2008, que será realizada 14 de Maio pelas 19horas, no Cine Tropical.
Os jornalistas e comunicólogos defendem que a direcção das empresas organizadoras, Westside e Semba comunicação (em parceria com a revista Caras), deviam vir a público explicar os critérios que levaram a inclusão do humorista nesta categoria.
Para além de Pedro N´zagi, a categoria de “figura da comunicação social do ano” está a ser disputada pelos jornalistas Mariano Brás (Semanário A Capital), Mara Dalva (Rádio Nacional e Programa Dia-a-Dia da TPA2), Josina de Carvalho (Jornal de Angola) e Mário Vaz (Programa Bom Dia Angola TPA1).
O jornalista e porta-voz da União Nacional dos Artistas e Compositores (UNAC), Felisberto Filipe, defende que por enquanto o Pedro N´zage não deveria fazer parte deste grupo e que esta categoria precisa de ser devidamente definida.
“É necessário não confundir as coisas. Os princípios que regulam os animadores, humoristas, palhaços, ou quer que seja, são totalmente diferentes dos princípios jornalísticos que absorvemos dos livros básicos do IMEL”.
António Miguel, jornalista do semanário Novo Jornal, foi mais longe ao considerar uma aberração e falta de respeitos aos profissionais de jornalismo alistar o Pedro N´zage nesta classe. “Não sei o que passa na cabeça das pessoas ultimamente, nem sequer sei se é o próprio Pedro N´zage que se auto intitula como jornalista. De qualquer forma os organizadores destas galas ou eventos devem pelo menos saber quem é quem para não se dar prémios de médicos a enfermeiros ou vice-versa”.
Quem também comunga desta ideia é o correspondente da Rádio Ecclésia em Benguela, José Manuel, que considera a nomeação do humorista como sendo uma ofensa ao bom senso dos profissionais desta classe.
“Penso que o formato jornalístico "hora Quente" para além de ser uma imitação medíocre ou zero, não deveria ser digno de uma provável pré-candidatura a nada ao menos que esta categoria queira distinguir figuras mais cómicas do ano”.
Dos quatro escribas contactados pela nossa reportagem, o Jornalista Conceição Culeca, do semanário O Independente, foi o único que reagiu positivamente a indicação do humorista para a figura que mais se destacou em 2008, no ramo da comunicação social angolana.
“É graças ao Pedro Nzangi que a TPA2 conseguiu ter grande audiência, visto que a mesma aumenta sempre que o programa vai ao ar. O seu humor conquistou um espaço que a muito se encontrava em declino”, justificou-se.
Por outro lado, Conceição Culeca considerou que apesar de ainda mostrar algumas falhas básica ele merece o prémio por tudo quanto tem feito para ter um programa de humor. “O facto de ele ter sido considerado o melhor apresentador de programa de entretenimento o ano passado, deve se ter também em atenção. Merece ser escrito umas alinhas de puxão de orelha e de elogios. Com o nascimento dele na TV, hoje é possível conhecermos muitos humoristas que andavam escondidos. Ele é o que mais se destacou no meio de todos”.
De acordo com fontes do Tribuna da Kianda, a deputada e empresária, Tchizé dos Santos e o seu irmão “boss da Semba”, José Eduardo dos Santos, estudaram comunicação social nas melhores universidades dos Estados Unidos da América. Pelo que está difícil compreenderem a inclusão do humorista nesta categoria.
Tendo em atenção que os manuais de jornalismo existentes em todo o mundo, definem o jornalista como sendo “aqueles que exercem funções de pesquisa, recolha, selecção e tratamento de factos, notícias ou opiniões, através de texto, imagem ou som, destinados a divulgação informativa pela imprensa, por agência noticiosa, pela rádio, pela televisão ou por outra forma de difusão electrónica”.
Os manuais que os profissionais de comunicação social são obrigados a estudar quando decidem enveredar por esta profissão defendem ainda que “não constitui actividade jornalística o serviço de publicações de natureza predominantemente promocional, ou cujo objecto específico consista em divulgar, publicitar ou por qualquer forma dar a conhecer instituições, empresas, produtos ou serviços, segundo critérios de oportunidade comercial ou industrial”.
O comunicólogo Manuel Fernandes (nome fictício), professor da disciplina de Teoria da Comunicação da Universidade Privada de Angola, defende que o ministério da Comunicação Social, o Sindicato dos Jornalistas Angolanos e o Conselho Nacional de Comunicação Social não deviam ficar de braços cruzados admitindo a banalização do jornalismo. “É preciso que os órgãos de tutelas definam quem é quem, e enquanto isso não acontecer vamos continuar a assistir a banalização desta magnifica profissão. Penso que tudo isso depende, por outro lado, da entrada em funcionamento do código deontológico e da nova lei de imprensa”, explicou.
Hora Quente
É o programa líder de audiências da Televisão Pública de Angola. Um programa diário e directo dividido em três blocos onde são entrevistados individualidades de diversas áreas desde, a cultura, artes, política, sociedade ou artistas ligados à música. Uma hora que todos os dias aquece o serão, entre as 21 e as 22 horas. Por aqui já passaram vários nomes como Mantorras, Eusébio, músicos internacionais e grandes estrelas da música angolana como Paulo Flores, Eduardo Paim ou Yola Semedo entre outros, presidentes de clubes de futebol a políticos e ministros. Uma janela aberta que mostra Angola e o mundo que visita o país.
Os jornalistas e comunicólogos defendem que a direcção das empresas organizadoras, Westside e Semba comunicação (em parceria com a revista Caras), deviam vir a público explicar os critérios que levaram a inclusão do humorista nesta categoria.
Para além de Pedro N´zagi, a categoria de “figura da comunicação social do ano” está a ser disputada pelos jornalistas Mariano Brás (Semanário A Capital), Mara Dalva (Rádio Nacional e Programa Dia-a-Dia da TPA2), Josina de Carvalho (Jornal de Angola) e Mário Vaz (Programa Bom Dia Angola TPA1).
O jornalista e porta-voz da União Nacional dos Artistas e Compositores (UNAC), Felisberto Filipe, defende que por enquanto o Pedro N´zage não deveria fazer parte deste grupo e que esta categoria precisa de ser devidamente definida.
“É necessário não confundir as coisas. Os princípios que regulam os animadores, humoristas, palhaços, ou quer que seja, são totalmente diferentes dos princípios jornalísticos que absorvemos dos livros básicos do IMEL”.
António Miguel, jornalista do semanário Novo Jornal, foi mais longe ao considerar uma aberração e falta de respeitos aos profissionais de jornalismo alistar o Pedro N´zage nesta classe. “Não sei o que passa na cabeça das pessoas ultimamente, nem sequer sei se é o próprio Pedro N´zage que se auto intitula como jornalista. De qualquer forma os organizadores destas galas ou eventos devem pelo menos saber quem é quem para não se dar prémios de médicos a enfermeiros ou vice-versa”.
Quem também comunga desta ideia é o correspondente da Rádio Ecclésia em Benguela, José Manuel, que considera a nomeação do humorista como sendo uma ofensa ao bom senso dos profissionais desta classe.
“Penso que o formato jornalístico "hora Quente" para além de ser uma imitação medíocre ou zero, não deveria ser digno de uma provável pré-candidatura a nada ao menos que esta categoria queira distinguir figuras mais cómicas do ano”.
Dos quatro escribas contactados pela nossa reportagem, o Jornalista Conceição Culeca, do semanário O Independente, foi o único que reagiu positivamente a indicação do humorista para a figura que mais se destacou em 2008, no ramo da comunicação social angolana.
“É graças ao Pedro Nzangi que a TPA2 conseguiu ter grande audiência, visto que a mesma aumenta sempre que o programa vai ao ar. O seu humor conquistou um espaço que a muito se encontrava em declino”, justificou-se.
Por outro lado, Conceição Culeca considerou que apesar de ainda mostrar algumas falhas básica ele merece o prémio por tudo quanto tem feito para ter um programa de humor. “O facto de ele ter sido considerado o melhor apresentador de programa de entretenimento o ano passado, deve se ter também em atenção. Merece ser escrito umas alinhas de puxão de orelha e de elogios. Com o nascimento dele na TV, hoje é possível conhecermos muitos humoristas que andavam escondidos. Ele é o que mais se destacou no meio de todos”.
De acordo com fontes do Tribuna da Kianda, a deputada e empresária, Tchizé dos Santos e o seu irmão “boss da Semba”, José Eduardo dos Santos, estudaram comunicação social nas melhores universidades dos Estados Unidos da América. Pelo que está difícil compreenderem a inclusão do humorista nesta categoria.
Tendo em atenção que os manuais de jornalismo existentes em todo o mundo, definem o jornalista como sendo “aqueles que exercem funções de pesquisa, recolha, selecção e tratamento de factos, notícias ou opiniões, através de texto, imagem ou som, destinados a divulgação informativa pela imprensa, por agência noticiosa, pela rádio, pela televisão ou por outra forma de difusão electrónica”.
Os manuais que os profissionais de comunicação social são obrigados a estudar quando decidem enveredar por esta profissão defendem ainda que “não constitui actividade jornalística o serviço de publicações de natureza predominantemente promocional, ou cujo objecto específico consista em divulgar, publicitar ou por qualquer forma dar a conhecer instituições, empresas, produtos ou serviços, segundo critérios de oportunidade comercial ou industrial”.
O comunicólogo Manuel Fernandes (nome fictício), professor da disciplina de Teoria da Comunicação da Universidade Privada de Angola, defende que o ministério da Comunicação Social, o Sindicato dos Jornalistas Angolanos e o Conselho Nacional de Comunicação Social não deviam ficar de braços cruzados admitindo a banalização do jornalismo. “É preciso que os órgãos de tutelas definam quem é quem, e enquanto isso não acontecer vamos continuar a assistir a banalização desta magnifica profissão. Penso que tudo isso depende, por outro lado, da entrada em funcionamento do código deontológico e da nova lei de imprensa”, explicou.
Hora Quente
É o programa líder de audiências da Televisão Pública de Angola. Um programa diário e directo dividido em três blocos onde são entrevistados individualidades de diversas áreas desde, a cultura, artes, política, sociedade ou artistas ligados à música. Uma hora que todos os dias aquece o serão, entre as 21 e as 22 horas. Por aqui já passaram vários nomes como Mantorras, Eusébio, músicos internacionais e grandes estrelas da música angolana como Paulo Flores, Eduardo Paim ou Yola Semedo entre outros, presidentes de clubes de futebol a políticos e ministros. Uma janela aberta que mostra Angola e o mundo que visita o país.
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