O vice-governador provincial de Luanda para a Área Técnica, Bento Soito, revelou que o seu executivo tem em carteira um programa de reordenamento da zona sul da cidade que começará de Viana e terminará nas proximidades do largo da Independência.
O projecto que ainda não tem data para o início de execução foi divulgado sexta-feira passada, durante a apresentação do Programa de Habitação Social, no terceiro painel da Conferência Provincial sobre Urbanismo e Habitação.
Segundo Bento Soito, caso o projecto seja posto em prática poderá melhorar significativamente a qualidade de vida da população por possuir um plano director que engloba redes globais de abastecimento de água canalizada, redes de esgotos domiciliares, estações de bombagem e de tratamento de água, redes de drenagem pluvial, de distribuição de energia, de iluminação pública, áreas verdes, zonas destinadas para mercados, lojas, entre outros serviços básicos indispensáveis para o bem-estar das populações.
Atendendo ao facto de o perímetro escolhido para a implementação do projecto ser uma zona de franco crescimento populacional, a sua execução desencadeará mais uma onda de demolições, o que resultará na destruição de milhares de residências.
O arquitecto Gilberto Rita, do Instituto de Planeamento e Gestão Urbana de Luanda (IPGUL) e que fez a apresentação dos Planos de Requalificação e Desenvolvimento Urbano da cidade, informou quais as zonas que serão abrangidas e as possíveis áreas à demolir.
Já o Projecto Luanda Social (PLS), a ser implementado na margem Bengo e entre o Quilómetro 25 e o 30 de Viana, prevê que “a implementação começará precisamente com o investimento na área destinada à habitação social, para libertar os espaços nobres ocupados por habitações precárias, destinados a alta e média renda”, lê-se no documento que o Tribuna da Kianda teve acesso. Promovido pelo GPL, em parceria com o Ministério das Finanças, o PLS consiste numa proposta de intervenção da empresa espanhola Homt, encaminhada pelo Gabinete de Intervenção de Luanda.
“O projecto está subdividido em duas fases, sendo a primeira de construção de habitação social de média e baixa renda e a segunda de construção de casas de média e alta renda, em áreas nobres da cidade”.
A Comissão Nacional de Implementação do Programa de Habitação já analisou o projecto e vai submete-lo a aprovação do Conselho de Ministros. No que toca as tarefas executadas, o documento esclarece que fez-se o levantamento e definição das áreas onde serão construídas as residências nobres do projecto na zona do Rocha Pinto e as habitações sociais na Margem Bengo.
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