Um cabo de média tensão da Empresa Nacional de Electricidade (ENE), que passa pelo bairro da Caop, município de Viana, rebentou na sexta-feira, 14, matou o cidadão Alberto Uame, 34 anos, e feriu gravemente duas crianças.
As meninas, cujos nomes não foram revelados, encontram-se internadas na unidade de cuidados intensivos no Hospital Neves Bendinha, o único especializado em queimaduras, onde foram levadas depois da tragédia.
O incidente ocorreu no período da tarde de um dia que seria de alegria para o mecânico da empresa de transporte SGO, porque tinha sido promovido. O primo do malogrado, Domingos Segunda Augusto, contou que as duas crianças atingidas estavam de passagem quando o fio rebentou e o parente tentou socorre-las. O barulho causado pela queda do cabo levou as pessoas que circulavam na via a fugir, deixando as crianças entregues à sua sorte.
Alberto Uame entrou na sua casa e tirou o barrote que serviu para afastar o metal do corpo das vítimas. Segundo conta, ao afastar o cabo de aço, a força da energia que trazia fez com que o mesmo se enrolasse no corpo do “salvador”. Os telefonemas efectuados pelos vizinhos aos Bombeiros e à ENE, para desligarem a linha, não foram suficiente para impedir a tragédia.
Domingos Augusto disse que o fio atingiu as paredes da sua casa e as pessoas que lá se encontravam só não foram atingidas porque estavam sentadas no sofá a assistirem televisão. No pilar da residência ainda se pode ver as marcas da força do cabo de electricidade.
Os familiares de Alberto Uame lamentam o facto de a ENE só ter desligado a electricidade três horas depois de lhes terem sido comunicada.
Enquanto isso, os efectivos do Comando Municipal da Polícia de Viana permaneceram a proteger o local do incidente.
“Por falta de transporte adequado, tivemos que remover o corpo para a casa mortuária de Catete, no Bengo, numa viatura particular. Foi transferido no dia seguinte para a morgue do Hospital Josina Machel, onde se pretendia efectuar a autópsia, mas o estado do corpo não permitiu”, explicou.
A mãe do malogrado, senhora Uame, soube do incidente do filho através de uma pessoa amiga que lhe telefonou. Consternada, a senhora mostrou à reportagem de O PAÍS o estado em que ficou a camisola que o malogrado trajava no dia e detalhou, aos prantos, que ele ficou com a maior parte do corpo carbonizado.
Os parentes consideraram irrisórios os 100 mil kwanzas que a ENE deu para custear as despesas do óbito e exigem que ela se responsabilize pela formação e educação dos oito filhos que a vítima deixou.
O porta-voz da ENE, Mariano de Almeida, disse que a sua empresa não tem nenhuma responsabilidade sobre a ocorrência, porque as crianças é que foram brincar com o cabo de mais de 220 quilowatts que se encontrava no chão. Segundo ele, a situação tornase mais grave pelo facto de existir uma norma internacional que estabelece que não deve haver nenhum imóvel ou circulação de pessoas a menos de duzentos metros de distância de cada lado dos cabos de média tensão de electricidade.
Mariano de Almeida manifestouse preocupado com os cidadãos que constroem casas nos locais propensos a este tipo de incidentes, em vez de se refugiarem num local seguro. “Como é habitual, sempre que acontecem casos de fios que caem em cima de casas a direcção da ENE apoia as famílias.
Neste não está a acontecer de maneira diferente, porque tanto a do jovem que morreu como a das crianças que se encontram no Hospital estão a receber a nossa ajuda”, explicou.
Contrariando as informações avançadas pelos familiares da vítima, o porta-voz da ENE disse que a sua empresa apoiou o óbito, comprou o caixão e outros bens alimentares. “As crianças estão a receber o apoio do gabinete de recursos humanos e da área social da nossa empresa, tudo isso por uma questão de solidariedade. O que acontece é que na nossa sociedade as pessoas acham que, para além da comida, a empresa é que tem que dar aguardente e sustentar os familiares”, concluiu.
As meninas, cujos nomes não foram revelados, encontram-se internadas na unidade de cuidados intensivos no Hospital Neves Bendinha, o único especializado em queimaduras, onde foram levadas depois da tragédia.
O incidente ocorreu no período da tarde de um dia que seria de alegria para o mecânico da empresa de transporte SGO, porque tinha sido promovido. O primo do malogrado, Domingos Segunda Augusto, contou que as duas crianças atingidas estavam de passagem quando o fio rebentou e o parente tentou socorre-las. O barulho causado pela queda do cabo levou as pessoas que circulavam na via a fugir, deixando as crianças entregues à sua sorte.
Alberto Uame entrou na sua casa e tirou o barrote que serviu para afastar o metal do corpo das vítimas. Segundo conta, ao afastar o cabo de aço, a força da energia que trazia fez com que o mesmo se enrolasse no corpo do “salvador”. Os telefonemas efectuados pelos vizinhos aos Bombeiros e à ENE, para desligarem a linha, não foram suficiente para impedir a tragédia.
Domingos Augusto disse que o fio atingiu as paredes da sua casa e as pessoas que lá se encontravam só não foram atingidas porque estavam sentadas no sofá a assistirem televisão. No pilar da residência ainda se pode ver as marcas da força do cabo de electricidade.
Os familiares de Alberto Uame lamentam o facto de a ENE só ter desligado a electricidade três horas depois de lhes terem sido comunicada.
Enquanto isso, os efectivos do Comando Municipal da Polícia de Viana permaneceram a proteger o local do incidente.
“Por falta de transporte adequado, tivemos que remover o corpo para a casa mortuária de Catete, no Bengo, numa viatura particular. Foi transferido no dia seguinte para a morgue do Hospital Josina Machel, onde se pretendia efectuar a autópsia, mas o estado do corpo não permitiu”, explicou.
A mãe do malogrado, senhora Uame, soube do incidente do filho através de uma pessoa amiga que lhe telefonou. Consternada, a senhora mostrou à reportagem de O PAÍS o estado em que ficou a camisola que o malogrado trajava no dia e detalhou, aos prantos, que ele ficou com a maior parte do corpo carbonizado.
Os parentes consideraram irrisórios os 100 mil kwanzas que a ENE deu para custear as despesas do óbito e exigem que ela se responsabilize pela formação e educação dos oito filhos que a vítima deixou.
O porta-voz da ENE, Mariano de Almeida, disse que a sua empresa não tem nenhuma responsabilidade sobre a ocorrência, porque as crianças é que foram brincar com o cabo de mais de 220 quilowatts que se encontrava no chão. Segundo ele, a situação tornase mais grave pelo facto de existir uma norma internacional que estabelece que não deve haver nenhum imóvel ou circulação de pessoas a menos de duzentos metros de distância de cada lado dos cabos de média tensão de electricidade.
Mariano de Almeida manifestouse preocupado com os cidadãos que constroem casas nos locais propensos a este tipo de incidentes, em vez de se refugiarem num local seguro. “Como é habitual, sempre que acontecem casos de fios que caem em cima de casas a direcção da ENE apoia as famílias.
Neste não está a acontecer de maneira diferente, porque tanto a do jovem que morreu como a das crianças que se encontram no Hospital estão a receber a nossa ajuda”, explicou.
Contrariando as informações avançadas pelos familiares da vítima, o porta-voz da ENE disse que a sua empresa apoiou o óbito, comprou o caixão e outros bens alimentares. “As crianças estão a receber o apoio do gabinete de recursos humanos e da área social da nossa empresa, tudo isso por uma questão de solidariedade. O que acontece é que na nossa sociedade as pessoas acham que, para além da comida, a empresa é que tem que dar aguardente e sustentar os familiares”, concluiu.
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