O director-adjunto do semanário Novo Jornal, Gustavo Costa, voltou a brindar os leitores desta publicação com mais um “super artigo” publicado na edição número 97, datado de 27 de Novembro. Depois de ter estado ausente por duas semanas. No início da peça intitulada “carta a um anti-país…”, o autor nega que esse país é o seu, mas acaba por assumir o contrario no final. Eis os estratos deste artigo:
“ (…) Nesse país, que não é o meu, onde os cidadãos, com coluna vertebral, já não aceitam ser tomados por tolos, nem levam a sério quem julga poder anestesia-los com ocas promessas de estancamento do saque, tudo pode acontecer. Nesse país, que não é o meu e que vive de discursos fantasiosos, eivados de automatismos verbais pouco edificantes e que coloca a dignidade na gaveta, tudo pode acontecer…”
“ (…) Nesse país, que não é o meu e que vive de discursos fantasiosos, eivados de automatismos
verbais pouco edificantes e que coloca a dignidade na gaveta, tudo pode acontecer…”
“ (…) Nesse país, que não é o meu, mas que é grandioso na forma, todavia “piquinino” no conteúdo, a auto-flagelação constitui um ingrediente venenoso, que fazendo parte da sua história, está a desgastar
a alma de gente decente na grandeza de espírito e na verticalidade intelectual”.
“(…) Extraordinário a exibir a fasquia de irrealizáveis promessas eleitoralistas, esse país, que não é o meu, “esquece-se” muitas vezes que não consegue sequer ter um ensino básico qualificado e que, por via do deficiente ingresso dos estudantes no ensino médio – é claro nem todos – se atropela o ensino superior e, a mais das vezes, se incorre em fraude académica”.
“(…) Nesse país, que não é o meu, o culto da incompetência e a escassez de valores de excelência funcionam “como uma nódoa de azeite”. Ou seja, como escreveu Émile Faguet, crítico literário e moralista francês do sec. XIX, aquela “propaga-se por contágio, sendo natural que, sendo endémico, seja também epidémico e que, encontrando-se no centro e núcleo do Estado (…) se transmita e alastre nos (seus) hábitos e costumes”.
“(…) Nesse democrático país, que não é o meu, há governantes que, confundindo tudo e todos e tropeçando nas suas trapalhadas, dormem, coitados, atormentados com o que os jornalistas podem ou não escrever no dia seguinte. Nesse democrático país, que não é o meu, há governantes que, ao despertarem, atordoados com a enormidade das suas asneiras, insistem em ver a imprensa com lentes cor-de-rosa”.
“(…) Nesse democrático país, que não é o meu, com uma comunicação social “livre” de quaisquer pressões, a estupidificação política dalguns desses governantes, ávidos de enjaular a liberdade de pensamento, de expressão e de imprensa, no “armário obscuro das coisas proibidas”, chega a meter dó, ao vê-los pretenderem negar o seu exercício ao ar livre, ao mesmo tempo que, mentalmente atrofiados, acabam por se espatifar na estrada da auto-censura…”
“ (…) Esse país, que não é o meu, está povoado de uns poucos governantes, que padecendo de “epilepsia cultural”, vivem acorrentados à censura e estonteados com o fantasma da perseguição dos jornalistas. É um país que acredita que a Academia Sueca seria capaz, se calhar, de aceitar o estatuto de Ministro como atributo para integrar muitos deles como júri encarregue de atribuir um qualquer Prémio Nobel…”
“ (…) Nesse país, que na verdade é o meu, vai ser preciso partir ainda muita pedra para derrubar os seus muros. Porquê? Porque no meu país, afinal, o “Muro de Berlim” continua de pé! Desgraçadamente de pé…”
“ (…) Nesse país, que não é o meu, onde os cidadãos, com coluna vertebral, já não aceitam ser tomados por tolos, nem levam a sério quem julga poder anestesia-los com ocas promessas de estancamento do saque, tudo pode acontecer. Nesse país, que não é o meu e que vive de discursos fantasiosos, eivados de automatismos verbais pouco edificantes e que coloca a dignidade na gaveta, tudo pode acontecer…”
“ (…) Nesse país, que não é o meu e que vive de discursos fantasiosos, eivados de automatismos
verbais pouco edificantes e que coloca a dignidade na gaveta, tudo pode acontecer…”
“ (…) Nesse país, que não é o meu, mas que é grandioso na forma, todavia “piquinino” no conteúdo, a auto-flagelação constitui um ingrediente venenoso, que fazendo parte da sua história, está a desgastar
a alma de gente decente na grandeza de espírito e na verticalidade intelectual”.
“(…) Extraordinário a exibir a fasquia de irrealizáveis promessas eleitoralistas, esse país, que não é o meu, “esquece-se” muitas vezes que não consegue sequer ter um ensino básico qualificado e que, por via do deficiente ingresso dos estudantes no ensino médio – é claro nem todos – se atropela o ensino superior e, a mais das vezes, se incorre em fraude académica”.
“(…) Nesse país, que não é o meu, o culto da incompetência e a escassez de valores de excelência funcionam “como uma nódoa de azeite”. Ou seja, como escreveu Émile Faguet, crítico literário e moralista francês do sec. XIX, aquela “propaga-se por contágio, sendo natural que, sendo endémico, seja também epidémico e que, encontrando-se no centro e núcleo do Estado (…) se transmita e alastre nos (seus) hábitos e costumes”.
“(…) Nesse democrático país, que não é o meu, há governantes que, confundindo tudo e todos e tropeçando nas suas trapalhadas, dormem, coitados, atormentados com o que os jornalistas podem ou não escrever no dia seguinte. Nesse democrático país, que não é o meu, há governantes que, ao despertarem, atordoados com a enormidade das suas asneiras, insistem em ver a imprensa com lentes cor-de-rosa”.
“(…) Nesse democrático país, que não é o meu, com uma comunicação social “livre” de quaisquer pressões, a estupidificação política dalguns desses governantes, ávidos de enjaular a liberdade de pensamento, de expressão e de imprensa, no “armário obscuro das coisas proibidas”, chega a meter dó, ao vê-los pretenderem negar o seu exercício ao ar livre, ao mesmo tempo que, mentalmente atrofiados, acabam por se espatifar na estrada da auto-censura…”
“ (…) Esse país, que não é o meu, está povoado de uns poucos governantes, que padecendo de “epilepsia cultural”, vivem acorrentados à censura e estonteados com o fantasma da perseguição dos jornalistas. É um país que acredita que a Academia Sueca seria capaz, se calhar, de aceitar o estatuto de Ministro como atributo para integrar muitos deles como júri encarregue de atribuir um qualquer Prémio Nobel…”
“ (…) Nesse país, que na verdade é o meu, vai ser preciso partir ainda muita pedra para derrubar os seus muros. Porquê? Porque no meu país, afinal, o “Muro de Berlim” continua de pé! Desgraçadamente de pé…”
1 comentário:
Caro Gustavo Costa,
nesse país, nosso mesmo apesar de nele sermos todos reféns de quem se arvora em nosso dono como se fossemos um rebanho que nem ao pasto nos conduz para não partilhar connosco nem o capim, os que ousam o exercício do verbo livre semeiam a dignidade. Obrigado, agora somos um pais de muitos pobres famélicos mas um pouco mais ricos em dignidade porque as tuas palavras estão a alimentar-nos a todos.
EXIGE DIGNIDADE
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